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Mostrando postagens de dezembro, 2018

Não pela carne.

Moisés foi livre da morte quando bebê, e teve o privilégio de ser criado como o filho da filha de Faraó. Recebeu a educação de um príncipe, e foi preparado para ser um aristocrata.  A Torá diz que ele tinha conhecimento de suas origens, sabia que era filho de escravos, e provavelmente sabia da promessa que havia de libertação dos hebreus.  Talvez ele tivesse a sensação de que essa libertação viria por si. Pela posição que ocupava no palácio, poderia influenciar para promover a libertação de seu povo, sendo um segundo José. Tendo este sentimento, foi visitar seus irmãos nos trabalhos forçados, quando viu um egípcio maltratando e ferindo um hebreu. Revoltado com a cena, Moisés matou o egípcio, e escondeu seu corpo na areia (Ex 2:11-12). Este ato falho de Moisés custou sua posição e sua liberdade na terra do Egito. Aquele que, até então acreditava ser o libertador de seu povo, agora fugia para a terra de Midiã para salvar a própria vida.  Quão difícil ...

Tempo de mudança.

Por que Judá fora escolhido pelo Eterno para ser o patriarca por quem viria o Messias? Essa pergunta se torna mais relevante quando conhecemos a história de Judá nos últimos capítulos da bíblia.  No capítulo 37 de Gênesis vemos os irmãos (e Judá entre eles) tramando contra a vida de José.  Na verdade Judá é quem dá a idéia de vender José para uma caravana ismaelita, ao invés de matá-lo como queria os demais(Gn 37:26).  No entanto, o intuito de Judá era livrar-se de José sem "sujar as mãos".  Quando os patriarcas chegam a Jacó, e sugerem que José tivesse sido devorado por uma fera no campo, Jacó é consumido de tristeza, e deseja a própria morte. O luto de Jacó por José se torna longo, triste, e Jacó não aceita ser consolado (Gn 37:34-35). Provavelmente, impactado pela tristeza do pai, e com a consciência pesada pelo feito, Judá se afasta do acampamento dos patriarcas, indo habitar na região de Adulão. Nesta região, Judá se casa, tem fi...