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Mostrando postagens de maio, 2020

Parashá Nassô: O Kapporeth e Shavuot

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Estamos neste shabat em meio à celebração da festa de Shavuot (Pentecostes), e estudamos a porção Nassô (Números 4:21-7:89). É muito especial o verso que encerra esta parashá justamente durante a festa de Shavuot, principalmente para os discípulos de Yeshua. "E, quando Moisés entrava na tenda da congregação para falar com ele, então ouvia a voz que lhe falava de cima do propiciatório (Kapporeth), que estava sobre a arca do testemunho entre os dois querubins; assim com ele falava." Números 7:89. O Kapporeth era uma peça peculiar da arca da aliança. A palavra Kapporeth significa literalmente "tampa", mas também tem o sentido de expiação, ou propiciação. Kapporeth vem da mesma raíz de Kippur. Era no Kapporeth que era aspergido o sangue do sacrifício de yom kippur. E era ali que o Espírito do Eterno falava com Moisés através da Shekinah. O Kapporeth, juntamente com toda a arca, ficava escondida atrás do Paroketh, o véu que separava o santo do santo dos santos. A pa...

Shavuot e nossa necessidade em sermos cheios do Espírito.

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“E, CUMPRINDO-SE o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar” Atos 2:1 O relato conhecido como o “derramar do Espírito”, descrito em Atos capítulo dois, é, sem dúvidas, o evento mais importante desde a ressurreição de Yeshua. E o escritor Lucas faz questão de destacar que este evento aconteceu justamente na festa de Pentecostes, em hebraico Shavuot. A festa de Shavuot é a segunda festa de maior importância na bíblia, ela acontece ao final da colheita de cereais, e era o momento em que, abastecidos pela provisão da colheita, Israel se alegrava diante do Eterno, fazendo suas ofertas de cereais para sustento dos sacerdotes. A festa de Shavuot também rememorava a dádiva da Torá, o dia em que o Eterno desceu sobre o monte Sinai e proclamou seus dez mandamentos, iniciando ali a revelação da Torá a seu povo, Israel. O Eterno usou o símbolo da colheita, da consagração das ofertas de grãos, para fazer seu povo lembrar-se do real motivo de Ele ter-lhes dado a Torá: produzire...

Bemidbar! No deserto.

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A parashá Bemidbar (Números 1:1-4:20) narra a formação dos exércitos de Israel, a separação das famílias dos levitas para o serviço sagrado, e a consagração destes levitas em resgate aos primogênitos de Israel. Deus escolheu a tribo de Levi em substituição aos primogênitos de Israel. Eles foram separados para auxiliarem os sacerdotes na ministração do serviço do Tabernáculo. Eram homens destinados a viverem próximo da santidade, fazendo expiação pelo povo. Já os exércitos de Israel acampavam no entorno do Tabernáculo, protegendo-o. Entre o acampamento dos exércitos e o Tabernáculo ficava o acampamento dos levitas. À frente da porta de entrada do Tabernáculo ficava o acampamento dos sacerdotes, Arão e seus filhos, e Moisés e seus filhos. Durante a travessia no deserto eram os levitas quem desmontavam e montavam o Tabernáculo, enquanto apenas os sacerdotes podiam carregar a arca da Aliança. E os exércitos das tribos de Israel iam à frente e a trás protegendo os levitas e sacerdotes. A pa...

O Shabat e nossa fé.

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Encontramos em Genesis 2:2 a primeira menção que a Torá faz ao Shabat, declarando que, após o término de sua obra criadora de seis dias, o Eterno descansou no dia sétimo (Shabat significa descanso). Se atentarmos bem para o que está sendo narrado nos capítulos iniciais de Genesis, vamos entender que aqui está um mistério. A maioria dos rabinos ensinam que, apesar da Torá identificar a criação num período de seis dias, com tardes e manhãs, esse período na verdade não teve um tempo de vinte e quatro horas. Os rabinos ensinam que foram seis eras de tempos. Visto que os elementos que determinam o dia de vinte e quatro horas foram criados apenas no quarto dia, o sol, a lua e as estrelas. Possivelmente a própria terra tenha sido criada no segundo dia, visto que no primeiro dia havia apenas a Luz. Na minha visão particular, acredito que o tempo, como agente limitador, não se aplica nesta questão. Pois para o Eterno nada é impossível. Ter criado todas as coisas em seis eras de tempo, ou seis e...

Necessário vos é nascer de novo!

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A conversa de Yeshua com Nicodemos talvez seja o discurso mais contundente de Yeshua com relação à entrada no Reino. Ele é enfático em afirmar que, sem a experiência do Novo Nascimento é impossível alguém entrar no Reino. Na tentativa de suavizar este discurso, alguns tentam amenizar o que seria este Novo Nascimento. Alguns anunciam que é o batismo nas águas, outros que é o simples levantar as mãos aceitando Yeshua como Salvador. As palavras de Yeshua são claras: o que é nascido da carne é carne, mas o que é nascido do Espírito é espírito. O que Yeshua está dizendo? Ele está respondendo a indagação de Nicodemos: "como pode um homem nascer sendo velho?" O nascimento natural é a geração de uma nova vida que vem ao mundo. É a carne (humanos) gerando carne (outros humanos). Mas o Novo Nascimento ao qual Yeshua estava se referindo era um nascimento espiritual que só pode ser gerado pelo Espírito de Deus. Na sequência Yeshua usa um jogo de palavras interessante. "O Vento...

Justiça que vem da fé.

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“Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu: Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu; segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível.  Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, e seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; para conhecê-lo, e o poder da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte; para ver se de alguma maneira eu possa chegar à ressurreição dentre os mortos.” Filipenses 3:4-11 A carta de Paulo aos Filipenses talvez seja a su...

Batalhando pela fé.

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Tanto a segunda carta de João, como a carta de Judas, ambas trabalham com a mesma temática, a perseverança na fé em meio à apostasia.  Essas duas cartas nunca foram tão atuais como em nossos dias. Judas declara que sua intenção inicial em escrever a carta era na verdade outra, falar da Salvação que temos no Messias. Mas o Espírito Santo o levou a exortar os crentes a batalhar pela fé, uma vez dada aos santos.  A primeira pergunta que devemos fazer é: no que consiste tal fé? João, na mesma linha que Judas, vai nos dar a resposta, usando outras palavras: “E agora, senhora, rogo-te, não como se escrevesse um novo mandamento, mas aquele mesmo que desde o princípio tivemos: Que nos amemos uns aos outros. E o amor é este: Que andemos segundo os seus mandamentos. Este é o mandamento, como já desde o princípio ouvistes, que andeis nele.” 2 João 1:5-6. Podemos perceber como Judas e João estão alinhados no mesmo objetivo quando olhamos para as palavras de Judas, quando ele explica a raz...