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Mostrando postagens de junho, 2020

Voltar a Deus e voltar ao próximo.

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Devido aos pecados do povo judeu, eles foram invadidos e deportados para a Babilônia, cumprindo assim o que o Eterno havia dito através dos profetas que faria à casa de Judá. Após setenta anos de exilio os judeus retornaram para Jerusalém. O próprio Eterno havia dito, por intermédio de Jeremias, que após setenta anos restauraria a sorte de Sião. Mas este retorno não foi fácil. Os babilônicos haviam destruído os muros de Jerusalém, o Templo, e as casas haviam sido queimadas. A reconstrução de Jerusalém demandava mais do que trabalho, demandava fé. Diante das dificuldades impostas tanto por questões econômicas, como por questões de limitações físicas, a reconstrução do Templo se arrastava a mais de vinte anos. Para se ter uma ideia da dificuldade, Salomão construiu o Templo em sete anos e meio. Muitos já estavam desanimados com relação à construção do Templo e da própria reconstrução da cidade. Começaram a pensar se Deus estaria de fato com eles, se a rejeição não seria para sempre. Algu...

Colossenses 2:16 e a Torá!

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Na carta de Paulo aos Colossenses encontramos um mandamento apostólico que, além de pouco observado, é pervertido pelos mestres atuais: “Portanto ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados.” Colossenses 2:16. Sempre que falamos acerca das vantagens de celebrar as festas bíblicas, como o shabat por exemplo, surge um ou outro que lança este texto de Paulo, fazendo justamente o que ele ordena não fazer: julgando-nos pelo que comemos, ou deixamos de comer, e por causa das festas que o Eterno estabeleceu. A ordem apostólica é não julgar. Isso compreende tanto em não julgar quem não pratica, como não julgar quem pratica. Já falamos em um pequeno artigo que o objetivo desta carta era levar os colossenses à uma fé não fingida, e não baseada em doutrinas humanas, mas no pleno conhecimento da vontade de Deus, expressa em seus mandamentos. Naquele período da história da igreja, haviam dois grupos antagônicos que disputavam e tentava...

O exemplo de Paulo para os nossos dias.

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Ao final de sua terceira viagem missionária, o apóstolo Paulo, determinado em ir para Jerusalém, e chegar lá em breve, se possível na festa de Shavuot (Pentecostes). Chamou os bispos de Éfeso para uma última conversa. Nesta última conversa pessoal que teve com aqueles que ele mesmo havia instituído por bispos, ele faz o seguinte discurso: “E, logo que chegaram junto dele, disse-lhes: Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio de vós, servindo ao Senhor com toda a humildade, e com muitas lágrimas e tentações, que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram; como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas, testificando, tanto a judeus como a gregos, o arrependimento para com Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.  E agora, eis que, ligado eu pelo espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que lá me há de acontecer, senão o que o Espírito Santo de cidade em cidade me revela, dizendo que ...

A verdadeira perseverança do crente é a fé.

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Nos capítulos 9 e 10 da carta aos Hebreus, o escritor se esforça para comprovar a superioridade do sacrifício de Yeshua. Ele traça um paralelo ímpar entre o serviço sacerdotal levítico, ordenado na Torá, e o serviço sacerdotal do Messias, demonstrando que o primeiro foi dado em função do segundo, sendo este o principal e perfeito serviço sacerdotal para Israel. Ao final do capítulo 10, o escritor demonstra que seus leitores tinham essa convicção, haviam confiado na obra do Messias, e sofrido com aqueles que anunciavam a fé em Yeshua. Mas, desde o início da carta, o escritor adverte a aqueles hebreus a perseverarem nesta confiança, e não retroceder. Provavelmente, muitos desses hebreus estavam sendo tentados a duvidarem de que Yeshua de fato fosse o Messias, tendo em vista que Israel estava cada vez mais em aperto. A dominação romana sobre Israel estava cada vez mais dura, a corrupção no Templo cada vez mais evidente, os motins e levantes populares cada vez mais agressivos. Cadê a...

Os mandamentos e a vida!

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O evangelho de Mateus registra um encontro marcante entre um jovem rico e Yeshua. O jovem procura Yeshua para fazer-lhe uma pergunta, a mais importante de todas as perguntas: "Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?" Mateus 19:16. Yeshua devolve esta pergunta com outra pergunta "Por que me chamas bom? Não há bom senão um que é Deus". Essa resposta de Yeshua pode parecer estranha num primeiro momento, mas deveria levar aquele jovem a refletir sobre a razão de ele estar procurando Yeshua. Estava ele procurando por um famoso rabino que pudesse lhe dar um valioso conselho? Ou estava ele procurando pelo Eterno, através de seu Messias, o qual traz em sua boca a Palavra do único Deus? A segunda parte da resposta também parece ser muito intrigante: "Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos". A Torá, por mais de uma vez, anuncia que, aqueles que guardarem seus mandamentos terão vida. E, de fato, ao guardarmos os mandamentos de De...

Andai em Espírito, e não cumprireis os desejos da carne.

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A carta do apóstolo Paulo aos Gálatas é um claro desabafo contra o legalismo. O legalismo, como já definimos aqui neste blog algumas vezes, consiste na deturpação da Torá. No legalismo, a Torá deixa de ser o meio para ser o fim. Assim, o legalista obedece a Lei de Deus simplesmente porque essa é a Lei, e não para conhecer a Deus e servi-lo com qualidade. Mas, o legalismo tem outra faceta terrível, ela dá à Lei o peso de salvação. Para o legalista, não é apenas uma questão de fazer o certo, mas uma questão de ser justificável diante de Deus quando julgado. Em suma, o legalista acredita que o fato de obedecer aos mandamentos de Deus pode livrá-lo do juízo sobre seus pecados, como se um acerto pudesse eliminar um erro. Essa visão deturpada da Lei ganha algum fundamento dentro da seguinte argumentação: Se a obediência à Torá não nos justifica, então pequemos, pois Deus tudo perdoa. Paulo cita essa acusação feita por seus oponentes na sua carta aos romanos: “Que diremos pois? ...