Três medidas de farinha.

"Outra parábola lhes disse: O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado." Mateus 13:33

Nesta parábola Yeshua compara o Reino dos céus a uma massa levedada. Num primeiro momento essa comparação pode causar estranheza, pois o fermento sempre é apresentado na bíblia de forma negativa, fazendo alusão ao pecado. O que podemos aprender com esta parábola, no entanto, é surpreendente. 

Atualmente temos apenas duas religiões no mundo que professam a fé no Deus de Abraão, Isaque e Jacó, e confiam nas Escrituras hebraicas como única fonte de inspiração divina. Essas religiões são o Judaísmo e o Cristianismo. 

O Cristianismo por sua vez é divido em basicamente dois grandes movimentos, o Catolicismo e o Protestantismo.

Esses três grandes movimentos (Judaísmo, Catolicismo e Protestantismo) representam a farinha separada em três medidas. 

A mulher na bíblia sempre está ligada à religião. No caso desta parábola, uma mulher levedou as três medidas de farinha com fermento.

Veja agora o que a religiosidade fez com os três grandes movimentos que expressão sua fé nas Escrituras e no Deus verdadeiro:

O Catolicismo afastou-se dos princípios das Escrituras, declarando dogmas e mais dogmas após cada concílio ao longo dos séculos. Tornou-se um poder temporal, envolvido em grandes escândalos e massacres, como as cruzadas, a inquisição, e o holocauso.

O Protestantismo foi erigido com a proposta de reformar a fé católica já corrompida, retornando aos ensinos antigos, mas esbarrou-se nos dogmas da patrística. As imensas divergências doutrinárias transformaram o protestantismo em um movimento sectarista, que conta com mais de cinco mil denominações, que se acusam mutuamente de heresias. Desconhecem o que é a unidade que Yeshua tanto anunciou. Está mergulhado em desvios, orgulhos, religiosidades. 

O Judaísmo para sustentar a sua rejeição à Yeshua promoveu uma visão completamente deturpada dos profetas. Visões até então defendidas por vários rabinos da antiguidade foram destorcidas para evitar a associação da profecia com a pessoa de Yeshua. Em sua religiosidade promoveu dogmas que apontam para a justificação pelas obras, como se fosse possível através de um ato de bondade compensar atos de rebeldia contra o Eterno.

As três religiões que professam o Deus verdadeiro estão levedadas com o fermento da religiosidade. Qual a esperança que podemos ter diante deste cenário?

A Pessach é a resposta para nossos dias!

Na festa da Pessach iniciamos um jejum de sete dias sem comermos fermento. É um sinal que o Eterno nos deixou na Torá para nos servir de alerta. E Shaul escreveu sobre isso: 

"Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade." I Coríntios 5:8.

Devemos retornar à Torá de Yeshua e dos apóstolos. É através do Sangue de Yeshua que alcançamos a remissão de nossos pecados, onde nos é outorgado seu Espírito que escreve a Torá em nossos corações e mentes, fazendo de nós novas massas, novas criaturas, santificadas pelo seu Poder. 

Devemos voltar ao contexto original das Escrituras, entender as Escrituras como ela foi entendida pelos primeiros que a receberam. Devemos abandonar todas as convicções religiosas, e toda a religiosidade. Arrependemos de nossos pecados, e voltarmos para Deus em obediência.

Pessach nos fala de libertação! Hoje muitos são os escravos da religiosidade, dos dogmas, das filosofias teológicas, dos ensinos humanos que só causam confusão, separação e desordem. 

Não é mais um momento de reforma, é o momento de RESTAURAÇÃO.Quem tem ouvidos para ouvir ouça!

#RestauraçãoJá

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