O cristianismo é Edom?

Quando ouvi pela primeira vez a afirmação de que, para o judaísmo, o cristianismo é comparado a Edom, eu levei um susto.

O cristianismo não é uma unidade monolítica como normalmente se pensa. Há católicos, protestantes, evangélicos, pentecostais, cessacionistas, calvinistas, arminianos, carismáticos, históricos, adventistas, batistas, sabatistas, e etc.

No entanto, há uma teologia que é praticamente aceita em todos os movimentos cristãos, e que sim, pode ser associado a Edom, principalmente à característica dada a Edom no capítulo 35 de Ezequiel.

Ainda nos primórdios da igreja, surgiu entre os gentios uma teologia chamada "Teologia da Substituição". O primeiro documento que aborda essa doutrina é a "epístola de Barnabé", datada do ano 80d.C. Esta teologia foi reafirmada por vários "pais da igreja" como Inácio de Antioquia, Justino, Crisóstomo, Agostinho. Posteriormente ela foi defendida por Tomás de Aquino, Lutero e Calvino.

Essa teologia afirma que a Igreja substituiu Israel nos planos divinos, e, por isso, todas as promessas feitas a Israel agora pertencem à Igreja.

Por causa desta teologia, desde a antiguidade a igreja gentilica começou a afastar-se de suas raízes judaicas. Mudou-se a data da celebração, o rito e os símbolos da Páscoa cristã, mudou-se a observância do Shabat para o domingo, mudou-se as regras alimentares, mudou-se a sede da fé de Jerusalém para Roma.

Por causa dos desdobramentos desta teologia os cristãos acusaram os judeus de deícidio (assassinos de Deus) por terem matado a Jesus. Perseguiram e mataram judeus na inquisição, nos pogrons, e até no holocausto. Hitler afirmou ter-se inspirado no livro de Lutero intitulado: "Dos judeus e suas mentiras".

Olhando para este aspecto histórico-teológico, o cristianismo sim pode ser comparado a Edom, e as acusações de Deus contra Edom no capítulo 35 de Ezequiel.

Claro que Deus não é contra a igreja, mas certamente é contra a teologia da substituição. Por isso nós devemos abandonar por completo essa teologia, e unir-nos novamente a Israel, restaurando as raízes de nossa fé, confessando a Yeshua como o Messias de Israel.

O Eterno nos abençoe!
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