"Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus." João 5:18.
O evangelho de João narra a perseguição dos fariseus a Yeshua sob a acusação de violar o Shabat e de fazer-se igual a Deus. Estas duas acusações estarão presentes até o capítulo 10, quando na festa de Chanukkah, os fariseus tentam apedejar a Yeshua pelos mesmos motivos.
Mas, será que de fato Yeshua violou o Shabat?
A acusação de violação do Shabat partiu inicialmente da cura do coxo no tanque de Betesda. Depois, pela cura do cego de nascença. Ambas as curas realizadas no Shabat.
A tradição judaica da época dizia que no shabat era proibido qualquer tipo de trabalho, carregar peso, ou fazer qualquer tipo de esforço. A caminhada deveria ser contida, no máximo mil passos.
Segundo a perspectiva da tradição judaica, realizar curas no Shabat era algo proibido.
Mas a pergunta que é necessária ser feita é: e sob a perspectiva da Torá, era proibido curar no Shabat?
Não há qualquer menção na Torá que proiba, no Shabat, cuidar de enfermos, curar, andar tal ou tal distância. Os mandamentos acerca do Shabat se limitam a dizer que este deveria ser um dia de descanso e deleite.
Mas há algo mais importante a ser analisado a respeito do Shabat. Tanto a tradição judaica, como a Torá, indicam que o Shabat é um memorial da redenção que está por vir, e que será implantada pelo Messias.
O Reino do Messias será marcado pela ressurreição dos justos, e o estabelecimento da justiça de Deus sobre toda a terra.
Ao realizar curas no Shabat, Yeshua estava reafirmando o sentido do Shabat: trazer descanso, ressurreição e vida.
Yeshua demonstrou ser ele o Messias ao trazer vista aos cegos, cura aos coxos, liberdade aos aflitos. Da mesma forma como trará a ressurreição e a vida eterna, inaugurando o Shabat milenar apontado em Hebreus 4:9-11.
Muito longe de violar o Shabat, Yeshua honrou e reforçou o sentido profético do Shabat.
O Eterno nos abençoe!
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