A festa de Chanuká não é uma festa determinada na Torá, ela nasce
de grandiosos eventos que aconteceram por volta do ano 164 a.C. Mas, não
obstante, é uma festa especialmente profética.
É importante ressaltar que os eventos ligados à festa de
Chanuká foram profetizados por Daniel a alguns séculos antes. Mas Yeshua, ao
fazer a ligação da mesma profecia, a profecia da abominação desoladora, com
eventos ainda futuros, coloca os eventos de Chanuká como um eco profético, ou
seja, eventos que tornarão a acontecer no plano escatológico, mesmo que em
circunstâncias e intensidades diferentes.
O mesmo ele afirma sobre a vinda de Elias. Ele diz apontando
para o futuro: “Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas;”,
e depois lança luz sobre o eco profético que haviam acabado de presenciar: “mas
digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que
quiseram.” (Mt 17:10-11).
Da mesma forma que a profecia da vinda de Elias encontrou um
eco profético na vida de João o batista, antes da volta do Messias, a profecia
irá novamente se cumprir. Talvez nas pessoas das duas testemunhas, talvez no
mover profético do judaísmo messiânico, não sabemos, mas Elias virá primeiro e
restaurará todas as coisas antes do retorno glorioso do Messias.
Chanuká também espelha um eco profético. A profecia acerca
da abominação desoladora que aconteceu com Antíoco Epifânio voltará a acontecer
no futuro próximo com o anticristo. E as circunstâncias que envolvem os eventos
que desencadearam na festa de Chanuká também já podem ser vistos.
Naqueles dias de Antíoco Epifânio foram proibidas as
práticas da Torá; proibiu-se a circuncisão, a celebração do Shabat e das
festas, proibiu-se a leitura da Torá. Os sírios-gregos obrigavam os sacerdotes
a oferecerem sacrifícios a deuses, e a sacrificarem porcos nos altares. Tornou
obrigatório o helenismo e o conhecimento da cultura, língua e religião grega.
Da mesma forma, nos nossos dias, vemos aumentar o sentimento
antissemita em todo o mundo. Vemos pessoas se levantando contra a prática do
Shabat e das festas. Vemos o “helenismo” atual, caracterizado pela cultura
ocidental pós-moderna, tratando aqueles que não seguem os mesmos ditames como
atrasados, reacionários, fascistas e outras coisas.
Deus deu graças a seu povo de forma que um grupo de
sacerdotes não treinados para a batalha, enfrentaram com coragem e determinação
o maior exército do mundo da época, os soldados mais bem treinados, mais bem
equipados, e os venceram. Em 164 a.C. os Macabeus reconquistaram Jerusalém e
dedicaram o Templo que havia sido profanado por Antíoco Epifânio.
Saltando no tempo, a quase dois séculos a frente, Yeshua, em
Jerusalém, nos dias da festa de Chanuká, ensinava no Templo: “As minhas ovelhas
ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem” (Jo 10:27). Interessante
notar que, nas palavras de Yeshua, o que caracteriza uma ovelha do rebanho do
Messias é o ouvir e seguir ao Messias.
Estamos vivendo dias de Chanuká, dias de provação e de
lutas. Nestes dias que serão separados os bodes das ovelhas a partir de uma
única premissa: aqueles que ouvem e seguem a Yeshua.
Chanuká fala do milagre da multiplicação do azeite no Templo.
Este milagre demonstra a presença do Eterno no meio do seu povo quando o seu
povo se dedica a obedecer a sua vontade.
Da mesma forma, nestes dias, aqueles que ouvirem a sua voz e
obedecerem ao seu mandato, receberão do Messias a Vida Eterna.
“Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam
os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” (Ap 14:12)
Que o Eterno nos abençoe:
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