"Em ti serão benditas todas as famílias da terra".

"por cima dela estava o Senhor, que disse: Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra em que estás deitado, eu a darei a ti e à tua descendência; e a tua descendência será como o pó da terra; dilatar-te-ás para o ocidente, para o oriente, para o norte e para o sul; por meio de ti e da tua descendência serão benditas todas as famílias da terra." Gênesis 28:13-14
Nesta porção temos a repetição, pela terceira vez, da promessa feita inicialmente à Abraão: "em ti serão benditas todas as famílias da terra".
A história de Abraão começa logo após o evento da torre de Babel, onde as línguas foram confundidas, os povos se separaram, e surgiram as nações.
Como resultado do pecado de Babel, os homens se separaram em nações, e a Torá afirma que o Eterno separou as nações conforme o número dos filhos de Israel.
"Quando o Altíssimo dava às nações a sua herança, quando separava os filhos dos homens, estabeleceu os termos dos povos conforme o número dos filhos de Israel." Deuteronômio 32:8.
Portanto, Deus escolheu a Abraão, Isaque e Jacó para, a partir deles, manifestar-se à todas as famílias da terra. Reunindo para si um povo que temesse ao seu Nome.
Paulo faz referência à esta escolha de Israel em dois momentos na sua carta aos Romanos:
"Que vantagem, pois, tem o judeu? ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em todo sentido; primeiramente, porque lhe foram confiados os oráculos de Deus." Romanos 3:1-2.
"os quais são israelitas, de quem é a adoção, e a glória, e os pactos, e a promulgação da lei, e o culto, e as promessas; de quem são os patriarcas; e de quem descende o Cristo segundo a carne, o qual é sobre todas as coisas, Deus bendito eternamente. Amém." Romanos 9:4-5.
Mas, essa terceira vez em que a promessa é repetida, se dá em um momento muito interessante na vida de Jacó.
Na primeira vez que a promessa é dada a Abraão, ele é chamado a sair de sua terra e ir para uma terra prometida.
Na segunda, a Isaque, a promessa é dada após a ordem do Eterno a Isaque para não sair da terra prometida.
Já a Jacó, a promessa é feita quando Jacó estava saindo da terra prometida, em direção à terra da qual Abraão havia saído.
Jacó estava indo para aquilo que em hebraico é conhecido como Galut (diáspora - período em que o israelita está vivendo fora dos termos da terra de Israel).
E a promessa é dada a Jacó juntamente com a certeza de que o Eterno o traria de volta para sua terra.
Outro detalhe muito interessante nesta porção, (Gn 28:10-32:2), que trata de todo o período que Jacó esteve na diáspora, é que Jacó viu anjos ao sair da terra, e tornou a ver anjos no seu retorno:
"Jacó também seguiu o seu caminho; e encontraram-no os anjos de Deus. Quando Jacó os viu, disse: Este é o exército de Deus. E chamou àquele lugar Maanaim." Gênesis 32:1-2.
Podemos ver nestes textos a ligação espiritual de Israel com sua terra, e o resgate das nações através do retorno de Israel à sua promessa.
Jacó sai sozinho da sua terra, e retorna com muita gente, muitos servos e servas.
Quando Jacó retorna para terra prometida, e após ser transformado pelo encontro com o Eterno em Peniel, ele reuniu todas as pessoas que estavam consigo e as conclamou a abandorem seus ídolos, e experimentarem um grande avivamento:
"Então disse Jacó à sua família, e a todos os que com ele estavam: Lançai fora os deuses estranhos que há no meio de vós, e purificai-vos e mudai as vossas vestes. Levantemo-nos, e subamos a Betel; ali farei um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia, e que foi comigo no caminho por onde andei." Gênesis 35:2-3
Sabemos que Israel hoje vive em uma longa diàspora. Mesmo que muitos já tenham retornado à sua terra, a maioria ainda está longe da promessa por não conhecerem a Yeshua (Jesus).
Mas quando eles retornarem, a Yeshua, e tiverem a posse das promessas, podemos esperar um grande avivamento que trará vida e bênção à todas as famílias da terra.
Essa não é apenas uma inferência que podemos fazer estudando a vida do patriarca Jacó, mas que também é explícita nas palavras de Paulo:
"Ora se o tropeço deles é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude! (...) Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos? (Ressurreição)" Romanos 11:12;15
Oremos por Israel, para que a plenitude das promessas do Eterno se cumpram sobre toda a terra.
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