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Seja um Macabeus dos dias de hoje!

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  A festa de Chanuká não é uma festa determinada na Torá, ela nasce de grandiosos eventos que aconteceram por volta do ano 164 a.C. Mas, não obstante, é uma festa especialmente profética. É importante ressaltar que os eventos ligados à festa de Chanuká foram profetizados por Daniel a alguns séculos antes. Mas Yeshua, ao fazer a ligação da mesma profecia, a profecia da abominação desoladora, com eventos ainda futuros, coloca os eventos de Chanuká como um eco profético, ou seja, eventos que tornarão a acontecer no plano escatológico, mesmo que em circunstâncias e intensidades diferentes. O mesmo ele afirma sobre a vinda de Elias. Ele diz apontando para o futuro: “Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas;”, e depois lança luz sobre o eco profético que haviam acabado de presenciar: “mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram.” (Mt 17:10-11). Da mesma forma que a profecia da vinda de Elias encontrou um eco profético na v

Elias, a Torá e o Dia do Senhor!

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O livro do profeta Malaquias encerra com uma profecia acerca do Dia do Senhor. Segundo o profeta este será um dia de juízo para todos os ímpios da terra, mas para os justos será um dia de regozijo e alegria, isso porque o Sol da Justiça virá trazendo a Cura debaixo de suas asas. Muitos rabinos da antiguidade entenderam nessas palavras a verdade de que o Messias, quando viesse, traria cura por meio do seu Tzitzit. Mas o que é Tzitzit? Deus ordenou Israel a confeccionar nas pontas de suas vestes franjas, e atreladas a essas franjas um fio azul. A esse conjunto de franjas e fio azul dá-se o nome de Tzitzit. “Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Que nas bordas das suas vestes façam franjas pelas suas gerações; e nas franjas das bordas ponham um cordão de azul. E as franjas vos serão para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os cumprais; e não seguireis o vosso coração, nem após os vossos olhos, pelos quais andais vos prostituindo.” Números 15:38,39. N

Yeshua, o trabalho e o Shabat.

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Ao ler os primeiros versos do capítulo 5 do evangelho de João, o leitor pode chegar a uma conclusão errônea de que Yeshua esteve violando a lei do Shabat. Apenas para contextualizar, neste texto somos apresentados a um homem enfermo. Embora o evangelista não descreva exatamente a sua enfermidade, sabemos que ele não conseguia se mover sozinho. É possível constatar isso a partir de duas observações, primeiro que ele estava constantemente em um leito, segundo que, quando o anjo agitava as águas do tanque de Betesda, ele afirma que precisava de alguém para colocá-lo no tanque. Isso demonstra uma grande dificuldade de locomover-se. Yeshua encontra este homem ali, jazendo há 38 anos desta enfermidade, com as esperanças em uma “água agitada” que nunca conseguia alcançar devido a sua incapacidade. Neste momento Yeshua apenas diz: levanta-te, toma o teu leito, e anda. Aquele homem imediatamente ficou curado, e, obedecendo ao que lhe foi mandado, pegou seu leito e foi para casa. No

Não diga que os mandamentos de Deus são difíceis.

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Algo muito comum de ouvirmos nas igrejas é de que ninguém é capaz de obedecer aos mandamentos de Deus. Entendo que esta premissa parte de uma constatação óbvia, a de que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23). Mas, mesmo diante desta contatação óbvia, a sentença “ninguém é capas de obedecer aos mandamentos” é um erro enorme. Na Torá encontramos o Eterno advertindo seu povo justamente contra este pensamento, quando ele diz: “Porque este mandamento, que hoje te ordeno, não te é encoberto, e tampouco está longe de ti. Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Nem tampouco está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar, para que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Porque esta palavra está mui perto de ti, na tua boca, e no teu coração, para a cumprires.” Deuteronômio 30:11-14 Em outras palavras, o que o Eterno está dizendo a seu povo é que

O que o Eterno pede de ti?

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Essa é a pergunta que muitas religiões tentam responder, oferecendo como resposta suas teologias. O poder das religiões está justamente no anseio de nossa alma por esta resposta. O que Deus pede de mim? Enquanto a resposta religiosa se apresenta complexa, dogmática, radical e imediata, a verdadeira resposta, aquela que vem do próprio Deus é uma resposta simples, honesta, e que sugere não uma atitude, não uma ação, mas um estilo de vida. O homem foi criado com um propósito muito nobre e especial, resplandecer a glória de Deus neste mundo criado. Paulo disse isso quando afirmou: “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho , a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” Romanos 8:29. A religião olha para esta afirmação de Paulo e tenta colocar aqui uma doutrina predeterminista, na qual alguns foram escolhidos para salvação e outros para condenação. Esse pensamento nunca passou pela mente de Paulo. Essa é uma ideia man

Deus se preocupa com o que você come?

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Um versículo muito deturpado é onde Paulo, exortando os romanos, diz: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” Romanos 14:17. O contexto em que este verso foi escrito, foi em meio à dissenção entre alguns discípulos de Yeshua, devido às restrições alimentares auto impostas dos estoicos. O estoicismo era uma escola filosófica muito comum nos primeiros séculos, e os adeptos dessa corrente filosófica não comiam carnes nem bebiam vinhos, visto que, dentro da ótica estoica, os prazeres do mundo físico deviam ser evitados, pois impediam o homem de desenvolver sua racionalidade. Essa dedicação do capítulo 14 a este problema estoico fica evidente logo no verso 2 deste capítulo, quando Paulo afirma que o “fraco” na fé é justamente aquele que só come legumes: “Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes.” Romanos 14:2 O foco do discurso do capítulo 14 de Romanos pode ser resumido da seguinte forma

Os quatro passos da Salvação.

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  A libertação de Israel do Egito é um tipo do processo de salvação que temos através de Yeshua. Da mesma forma como Israel estava escravizado no Egito, nossa condição natural é de escravos do pecado e sujeitos ao sistema que agora impera no mundo. Mas, a promessa de Deus para seu povo através do Evangelho consiste na libertação do pecado e da condenação do mundo. Neste sentido, o Êxodo é um paralelo perfeito da nossa Salvação em Yeshua. Desta forma, para compreendermos melhor a Salvação que nos está proposta, e a mecânica pela qual ela é operada, nada melhor do que olhar para o que aconteceu no Êxodo. E logo no início do capítulo 6 temos uma declaração reveladora. Quando Moisés fala ao Faraó para permitir Israel ir adorar a Adonai no deserto, Faraó endurece ainda mais sua opressão contra os filhos de Israel, o que leva o povo a uma grande desesperança, e o próprio Moisés a questionar seu chamado e missão. Diante deste cenário caótico, Adonai faz a declaração do capítulo 6 de Êxo