"E também
lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles; para
que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica." Ezequiel 20:12
Adonai
estabeleceu na Torá sete festas fixas, além do sábado semanal.
Todas essas
festas eram dias de shabat (descanso). Por isso todas as vezes que encontramos
na bíblia a expressão "sábados" (no plural), está se referindo não
apenas ao sábado semanal, mas a todas as sete festas fixas estabelecidas por
Deus na Torá.
São os nomes
delas em hebraico: Pessach (páscoa), Matzot (pães ázimos), Bikurim (primícias),
Shavuot (pestecostes), Yom Terua (trombetas), Yom Kippur (dia do perdão) e
Sucot (tabernáculos).
Adonai diz
através de Ezequiel que Ele deu essas festas a Israel como sinal, para que
soubessem que Ele é Adonai, que santifica o seu povo.
Portanto,
essas festas têm um caráter educacional. Servem como uma bússola, um mapa de
Deus a nós para que aprendêssemos sobre a santificação.
Em Pessach
(páscoa) aprendemos que Ele nos libertou do cativeiro do pecado, através do
Sangue de seu Filho, o Messias Jesus, o Cordeiro de Deus.
Em Matzot
(pães ázimos) aprendemos sobre a sinceridade e humildade necessária a todos
aqueles que são libertos pelo Sangue do Cordeiro.
Em Bikurim
renovamos nossa esperança na ressurreição de Jesus.
Essas três
festas acontecem praticamente na mesma semana, indicando que a Liberdade que
alcançamos em Jesus, a esperança da ressurreição, e a vida de humildade e
sinceridade devem acontecer logo no inicio de nossa caminhada com o Eterno.
Quando cremos
em Jesus devemos nos despojar de todo o fermento da malícia e do pecado, e ter
nossa esperança na ressurreição.
Jesus foi o
primeiro a ressuscitar, e na semelhança dEle, um dia nós seremos ressurretos,
aperfeiçoados para uma vida sem fim.
Mas de
Pessach (páscoa) até Shavuot (pestecostes) temos 50 dias. E durante esses 50
dias, a cada dia, Israel fazia a contagem do Ômer. Durante os 50 dias de
colheita, a cada dia Israel ia separando em ômers (vasilhas de barro) os
cereais que seriam ofertados.
Se Pessach
nos ensina sobre a liberdade que alcançamos no Messias, Shavuot nos ensina
sobre a maturidade espiritual que a santificação opera em nós.
Enquanto em
Pessach o cordeiro era sacrificado, em Shavuot os cereais e os frutos eram
ofertados. Não era um sacrifício de sangue, mas um sacrifício de obras.
O Sangue de
Jesus nos garante a reconciliação com Adonai, mas haverá um momento em que
seremos chamados a oferecer a Adonai os nossos frutos.
Paulo nos
escreve a respeito deste dia:
"A obra de
cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será
descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém
edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão." 1 Coríntios
3:13,14
Também em
shavuot é celebrado a dádiva da Torá. Foi no quinquagésimo dia após Pessach que
Israel ouviu de Adonai, aos pés do Sinai, os dez mandamentos.
Não tem como
darmos fruto se não formos limpos pela Palavra de Deus! Jesus mesmo disse:
"Toda a vara
em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê
mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado." João
15:2,3
E também foi
em shavuot que Adonai derramou do seu Espírito sobre os discípulos de Jesus.
"E,
cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; e
de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu
toda a casa em que estavam assentados." Atos 2:1,2
Com isso
Adonai nos faz lembrar que é Ele quem nos Santifica!
A promessa da
Nova Aliança diz que Adonai escreverá a sua Torá em nossos corações e mentes.
Esse dia ainda não chegou, mas cremos que está próximo.
Mas mesmo que
essa promessa não tenha se cumprido em sua plenitude, pelo derramar do seu
Espírito, podemos experimentar o crescimento e maturidade espiritual,
frutificando ao Senhor em boas obras, vivendo a cada dia em novidade de vida.
Aliás, este é
um mandamento apostólico para nós!
"De sorte que
fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi
ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em
novidade de vida" Romanos 6:4
Shavuot nos
faz lembrar que há um propósito em sermos livres. Somos livres do pecado para
frutificarmos a Deus com obras de justiça. Somos chamados a viver nossa
liberdade em Cristo com o compromisso de obedecer a seus mandamentos, sendo Sal
e Luz neste mundo tenebroso.
Alguém pode
exclamar: devemos nos lembrar destas coisas todos os dias do ano, e não apenas
uma vez por ano.
Com toda
certeza, os princípios da Torá devem ser praticados todos os dias por aqueles
que amam a Deus. Mas Adonai estabeleceu este dia como um marco, justamente para
que jamais esqueçamos.
Portanto, que
nessa festa de shavuot, possamos trazer à memória o nosso compromisso que temos
com Adonai. Que possamos buscar o enchimento do Espírito e o conhecimento da
Torá, a fim de sermos santificados, e naquele dia termos frutos a apresentar ao
nosso Senhor.
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