"E ele disse-lhes: Isto é o que o Senhor tem dito: Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor; o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobejar, guardai para vós até amanhã." Êxodo 16:23
O Shabat hoje é visto como um grande tabu nos meios cristãos.
Muito deste tabu se deve à herança antissemita que recebemos durante a história, e uma leitura equivocada sobre os embates entre os fariseus e Yeshua nos evangelhos.
Também não podemos ignorar que a postura legalista adotada por algumas denominações cristãs sobre o Shabat cooperam para que este se torne um assunto espinhoso.
E não muito diferente, a visão legalista defendida por ramos mais extremos do judaísmo, cooperam pela manutenção desta visão distorcida sobre o Shabat.
Por isso, para começar a falar sobre o Shabat, é necessário falar sobre o que não é o Shabat.
O mandamento para descansar no Shabat aparece pela segunda vez em Êxodo 16, quando Israel estava caminhando em direção ao Sinai, a fim de receber as Dez Palavras (Dez Mandamentos).
E este mandamento aparece justamente no momento em que Israel recebeu uma grande bênção: o Manah.
Em João 6 Yeshua ensina que o Manah dado no deserto era um tipo de si próprio, o verdadeiro Manah que desceu dos céus para dar vida a todos os que nele confiam.
"Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo." João 6:51
Essa relação é importante para demonstrar que o Shabat, muito longe de ser um peso, ou um dia de restrições, é na verdade um dia de bênção, um dia destinado para o repouso e para a vida.
A imagem legalista que recebemos sobre o Shabat é de que este é um dia de "não pode", mas o que a Torá apresenta é um dia em favor do homem.
O que aprendemos na Torá é que o Shabat é um sinal, um memorial que o Eterno instituiu, para nos fazer lembrar de verdades eternas.
Em Êxodo 16:23 o Eterno orienta, através de Moisés, que Israel não precisaria sair para buscar o Manah durante o Shabat, poderiam pegar uma porção a mais no sexto dia, que esta porção não estragaria, e poderiam fazer pães para se alimentarem no Shabat.
É um ensino rabínico de que o Shabat aponta para o reino do Messias, o período de mil anos que Yeshua reinará sobre toda a terra.
Durante seis dias, os israelitas deveriam sair para fora do arraial a fim de buscar o Manah, e trazer para suas casas e fazer pães.
Esta é a nossa realidade, que vivemos em nossos dias. Nós somos chamados a buscarmos ao Eterno, e sua promessa é que todos que o buscam o encontrarão, e Ele nos dará Vida.
"Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á." Mateus 7:7,8
Mas no sétimo dia o Manah já estava nas tendas de cada israelita. Da mesma forma que no reino do Messias, o Pão da Vida estará conosco.
"E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também." João 14:3
O Shabat é sinal de grandes promessas na Torá, nos Profetas e no Novo Testamento. Precisamos abrir nossos corações e mentes para estudar o tema sem nenhum preconceito, pois a instrução do Eterno produz em nós vida.
Que o Eterno abra nossos olhos para compreendermos as verdades de sua Palavra, que restaura nossas almas.
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