A Pessach em Yeshua.

Na parashá desta semana (parashá Bô - Gênesis 10:1-13:16) encontramos o relato da libertação de Israel do Egito.

Desde que o Eterno apareceu a Moisés na sarça ardente, a Torá já relatava que o processo de libertação dos israelitas seria uma grande demonstração de juízo.

Foram nove pragas que destruíram completamente o Egito. Mesmo assim, Faraó continuava irredutível em permitir os filhos de Israel partirem.

Uma última praga é anunciada, a mais terrível delas, a morte de todos os primogênito. Desta vez, um detalhe diferente, até então os israelitas estavam sendo guardados por Deus, e nenhuma praga os havia atingido. Mas agora, para serem livres da última praga, um cerimonial é exigido.

Deveriam sacrificar um cordeiro, e passar seu sangue nas portas de suas casas. A casa assinalada com o sangue seria livre da praga. Enquanto isso, dentro das casas, a família reunida deveria comer o sacrifício assado no fogo com pães ázimos (matzá) e ervas amargas.

Assim ficou instituída a festa de Pessach, em memória ao grande livramento que o Eterno operou. Mas, esta libertação grandiosa é também um paralelo de outra obra grandiosa que o Eterno operaria, também em uma festa de Pessach.

Desde o pecado de Adão, nós estamos todos debaixo da escravidão do pecado e da morte. Esta escravidão tem nos colocado debaixo de opressão e sofrimentos. 

Mas o Eterno enviou seu Filho Yeshua, que operou grandes sinais e maravilhas, curas e libertação. E num dia de Pessach entregou-se em sacrifício, para livrar-nos dos nossos pecados. Três dias após seu sacrifício, o maior sinal foi dado: Yeshua ressuscitou dentre os mortos.

Com a ressurreição de Yeshua, a morte foi subjugada, e a nossa libertação foi garantida.

Mas, a exemplo de como foi na primeira Pessach, após o sacrifício do cordeiro, a família tinha que passar o sangue nas portas de sua casa, e reunidas, tinham que comer do cordeiro.

Nosso Cordeiro já foi sacrificado, devemos agora assumir seu Sangue nas portas de nossa alma, aplicando a santidade em nosso ouvir, falar, sentir e agir. Também devemos estar unidos com nossa família da fé, comungando do sacrifício com pães ázimos e ervas amargas.

O matzá (pão ázimo) é um pão seco, sem fermento, e de difícil digestão, também as ervas amargas trazem amargor em nosso paladar. Comungar do Cordeiro é exatamente o que encontramos nas palavras de Yeshua:

"Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á." Mateus 16:24-25.

Da mesma forma como aqueles que participaram da ceia da Pessach no Egito foram livres da morte dos primogênitos, aqueles que se sujeitam a Yeshua, participando de seu sacrifício, vivendo em santidade, serão livres da morte, experimentarão a ressurreição e a vida eterna.

O Eterno nos abençoe!
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