Parashá Shemot e os paralelos com nossa liberdade.


Na parashá desta semana (Shemôt – Êxodo 1:1-6:1) iniciamos o livro de Êxodo. O livro começa dizendo que, após a morte de Jacó e dos demais patriarcas, os filhos de Israel frutificaram, multiplicaram e se fortaleceram sobre a terra do Egito.

A prosperidade dos filhos de Israel na terra do Egito provocou a inveja e o medo dos egípcios, o que os levou a escravizar os filhos de Israel. A aflição dos filhos de Israel foi tanta, que encontramos Joquebede colocando seu filho em um cesto, e lançando-o ao rio Nilo, na esperança de que pudesse ser encontrado pela filha do Faraó.

O Eterno se apiedou de Joquebede, e a filha do Faraó encontrou Moisés, e o tomou como seu filho. Moisés foi criado no palácio como o filho da filha de Faraó. Mas, ao ver a aflição dos seus irmãos, Moisés não controlou seus sentimentos e fez justiça com as próprias mãos, matando um egípcio que maltratava a um hebreu.

Moisés foge então para a terra de Midiã, casa-se e vive por quarenta anos no exílio. Quando estava já com oitenta anos teve uma visão de uma sarça que queimava, mas não se consumia. Ao se aproximar para ver esta maravilha, ouviu a voz do Eterno, que o ordenou ir ao Egito para libertar Israel da escravidão.

Esta história é maravilhosa, e podemos encontrar aqui vários paralelos para nossa vida como discípulos de Yeshua.

Da mesma forma como os filhos de Israel foram feitos escravos no Egito, um dia nós fomos feitos escravos do sistema deste mundo. Os valores e princípios deste mundo são cunhados de forma a escravizar nossas mentes, tornando-nos peças de um sistema que visa a rebeldia contra o Eterno.

O mundo não conhece a Deus, e por isso não pode se sujeitar ao Eterno, como o Faraó disse: “Mas Faraó disse: Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir Israel.” Êxodo 5:2.

E quando nos dispomos servir ao Eterno, somos oprimidos pelo mundo, aumentando as nossas cargas, assim como aconteceu aos filhos de Israel: “Agrave-se o serviço sobre estes homens, para que se ocupem nele e não confiem em palavras mentirosas.” Êxodo 5:9.

Muitas vezes, ao decidir servir a Deus, somos alvejados por calúnias, somos ridicularizados, desprezados e abandonados. Assim como Faraó, objetivo do mundo é tirar de nosso coração a confiança na Palavra do Eterno.

Os princípios e valores que adotamos, vindos da parte de Deus, não se compactuam com os princípios e valores do mundo, levando a ruptura de relacionamentos. Exatamente assim aconteceu aos filhos de Israel no Egito.

As nossas forças são insuficientes para fazer frente às forças do sistema deste mundo, não conseguiríamos por nós mesmos libertarmos desta escravidão. Mas no Eterno temos esta promessa:

“Então disse o SENHOR a Moisés: Agora verás o que hei de fazer a Faraó; porque por uma mão poderosa os deixará ir, sim, por uma mão poderosa os lançará de sua terra.” Êxodo 6:1.

Em Yeshua temos a expiação de nossos pecados, e nEle temos a esperança da ressurreição. Ele virá com mão forte, trará juízo sobre esta terra, e implantará o Reino de Deus. Assim como o Egito foi assolado pelo poder de Deus, o Eterno trará assolação para o sistema deste mundo, e salvação aos filhos de Deus.

“E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?” Apocalipse 6:16-17.

“E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.” Romanos 8:17.

Que o Eterno nos abençoe!
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