“Se
vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais
vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” Mateus 7:11
Esta palavra de Jesus
aos seus discípulos durante o sermão da montanha nos ensina duas coisas.
Primeiramente que somos maus, segunda que “dar boas coisas” ou “fazer boas
coisas” não muda a nossa natureza que é má. Afinal mesmo sabendo dar boas
coisas ainda continuamos sendo maus.
A natureza humana é
má e não é difícil comprovarmos isso, basta olharmos ao nosso redor, os
noticiários diariamente relatam casos de homicídios, roubos, sequestros,
torturas entre outras maldades. Nossos corações por muitas vezes é envolvido
pela cobiça, inveja, raiva, ódio, malícia entre outros sentimentos que são
comprovadamente maus.
O que engana tantas
pessoas é o pensamento de que fazer boas coisas pode compensar as más obras que
realizamos por causa de nossa natureza maligna, por exemplo: “Deus não me
castigará porque menti sobre esse assunto, afinal sou uma pessoa boa, e a
maioria das minhas atitudes são boas.” A questão é que fazer boas coisas não
muda a nossa natureza, nem apaga aquilo de mal que cometemos.
“Mas, desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo
a iniqüidade, fazendo conforme todas as abominações que faz o ímpio, porventura
viverá? De todas as justiças que tiver feito não se fará memória; na sua
transgressão com que transgrediu, e no seu pecado com que pecou, neles morrerá.
Ezequiel 18:24”
Existe algo sobre o
pecado que é preciso entender para sabermos lidar com nossa natureza má,
acreditamos por vezes que o pecado é algo que cometemos que produz mal a outras
pessoas, quando roubamos, matamos, mentimos, estamos sempre prejudicando a
outro e por isso o pecado deve ser evitado, isso é verdade, mas o engano está
em acreditar que o pecado atinge apenas outras pessoas. Qualquer pecado atinge
primeiramente a santidade de Deus, todo o pecado é uma transgressão a Deus e
por consequência disto que o próprio Deus nos condena.
“Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e
o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos
ouça.” Isaias59:2
É fato que Deus nos
criou bons e perfeitos, tão perfeitos que nos deu a opção de escolher continuar
sendo bons ou tornar-nos maus, e Adão no jardim do Éden usou de seu livre
arbítrio para se rebelar contra Deus, tornando-se assim mau.
“Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre
todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a
graça sobre todos os homens para justificação de vida.” Romanos 5:18
Ao ouvir esta
afirmação é comum perguntarmos: “E eu com isso? Adão escolheu não eu.” Porém
esquecemos que em muitas circunstâncias, continuamos fazendo uso do livre
arbítrio para rebelarmos contra Deus, toda a vez que escolhermos satisfazer
nossa vontade, mesmo sabendo que esta vontade contraria a vontade de Deus, e
decidimos assim cometer pecado. Justificamos nossa atitude pensando que não
estamos fazendo mal a ninguém, portanto não há mal algum em nossa vontade, mas
o problema não é fazer mal a outra pessoa, mas transgredir a vontade e
santidade de Deus.
“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não
habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar
o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.”
Romanos 7:18-19
As religiões todas
concordam com o fato de sermos maus, e apregoa sempre que você precisa fazer o
bem, e não são poucas as religiões que colocam o “fazer o bem” como a maneira
de crescer espiritualmente a fim de alcançar a graça quando terminar esta vida.
Mas de acordo com as
palavras de Jesus, fazer o bem não muda a sua natureza, será que realmente
fazer o bem é o caminho para nos justificar diante de Deus?
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto
não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;”
Efésios 2:8-9
A Palavra de Deus e o
próprio Cristo nos ensinam que devemos sim fazer boas obras, e que as boas
obras são frutos do verdadeiro cristão, o que a bíblia não afirma em hipótese
alguma é que essas boas obras te justificarão diante de Deus, a única coisa
capaz de justificar-nos diante de Deus é o sacrifício de Cristo.
As boas obras são uma
consequência na vida de quem teve sua vida reconciliada com Deus e não um modo
de se reconciliar com Deus.
“E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou
consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação;” 2
Coríntios 5:18
“A vós também, que noutro tempo éreis estranhos, e
inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo vos reconciliou
no corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e
irrepreensíveis, e inculpáveis,” Colossenses 1:21 e 22
A solução de Deus
para nós esta em aceitar seu Filho e o plano de salvação elaborado pelo próprio
Deus. Não adianta tentarmos criar um novo meio para justificar diante de Deus,
basta apenas aceitarmos a salvação que Jesus Cristo providenciou através de seu
sacrifício na cruz. E o caminho para alcançarmos essa salvação é através do
arrependimento de da fé em Cristo.
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna.” João 3:16
“Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não
endureçais os vossos corações, como na provocação.” Hebreus 3:15
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