Sentimentos fazem
parte de nossa natureza, é um conjunto de informações que seres biológicos são
capazes de sentir, e podemos afirmar sem sombra de dúvidas que foi Deus quem
nos criou com essa capacidade de experimentar sentimentos.
Mas vemos em
nossos dias muitas pessoas que estão adoecidas em seus sentimentos, acometidas
de medo, pânico, vergonha e percebemos que muitas pessoas, deixando-se guiar
apenas pelos seus sentimentos, cometem erros tremendos, que marcam toda a sua
vida. Na verdade uma pessoa guiada apenas pelos seus sentimentos é um desastre
ambulante!
Os
sentimentos são enganosos e traiçoeiros e a bíblia nos ensina que esta foi a
nossa parte mais contaminada pelo pecado. Assim na grande maioria das vezes
seus sentimentos tenderão a te levar para longe de Deus e pra perto do pecado.
Mas existe
uma dinâmica interessante entre os sentimentos e as nossas ações que quero
avaliar aqui, normalmente quando fazemos alguma ação, existe um sentimento por
trás dessa ação, por exemplo, se sentimos fome, normalmente procuramos comer,
se sentimos frio, procuramos nos abrigar, quando sentimos medo, procuramos um
local ou situação segura. Assim percebemos que os sentimentos são um fator
motivacional com relação às nossas ações.
Obviamente
que não é o único fator motivacional em nossas atitudes, mas cada vez mais as
pessoas tomam suas decisões pautadas no que estão sentindo e menos na razão, ou
numa análise fria sobre as questões.
De qualquer
forma os sentimentos são um forte fator motivacional em relação às nossas
decisões e atitudes.
Entendemos
através da Bíblia que Adonai, assim como nós, possui sentimentos, e podemos
entender que a mesma dinâmica apontada acima, entre nossos sentimentos e nossas
ações, também são válidas para o Eterno.
Vemos que em
dado momento o profeta Jeremias dizendo:
“As
misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas
misericórdias não têm fim;” Lamentações 3:22
E também
Paulo em falou:
“Assim,
pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se
compadece.” Romanos 9:16
E podemos
citar mais e mais versículos falando a respeito dos sentimentos de Deus, mas o
que quero chamar a atenção é para um texto, escrito por Paulo, aos Filipenses,
que nos alerta para um sentimento que houve no Messias Jesus, sentimento este
muito nobre e que deveria ser imitado, segue abaixo o texto:
“De sorte
que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo
em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si
mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na
forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de
cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é
sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que
estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que
Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” Filipenses 2:5-11
Uma leitura
rápida por esse texto é capaz de nos mostrar vários sentimentos aparentemente
descritos aqui, como humildade, sujeição, obediência. Mas existe um sentimento
que o texto não fala dele explicitamente, mas está em toda a temática
envolvida.
Antes de
falar deste sentimento, vamos entender o que este texto está nos dizendo.
Inicialmente ele nos pede para imitar um sentimento, que houve em Cristo. Já
vimos que sentimentos possuem uma força motivacional. Assim podemos dizer que
Paulo está pedindo para que os cristãos em Filipos fossem motivados por um
sentimento em suas atitudes.
Então Paulo
começa a descrever quais as ações de Cristo foi motivado por este sentimento, e
logo de início ele diz algo surpreendente: “que, sendo em forma de Deus, não teve por
usurpação ser igual a Deus”
Paulo deixa
bem claro uma das bases fundamentais de nossa fé: Jesus é Deus,
assim como o Pai. O Messias sempre foi coroado de
glória e majestade, sempre esteve assentado no trono celestial.
Outro texto
demonstra como Ele foi participante da criação descrita no Genesis, quando João
escreve:
“No
princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele
estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e
sem ele nada do que foi feito se fez.” João 1:1-3
Mas
percebemos no texto de Paulo que Jesus “não teve por usurpação ser igual a
Deus” e em algumas traduções essa frase é traduzida da seguinte
forma “não
considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se;”, ou
seja, Jesus Cristo sendo Divino, entronizado em glória, sendo Ele o
Criador de todas as coisas, não teve essa situação como algo que não pudesse
ser renunciado.
O que vamos
entender é que este sentimento que Paulo nos alerta para que imitemos, foi
forte o suficiente para levar Jesus a renunciar, por um tempo, a sua glória e
majestade. Assim Ele “esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de
servo”!
Interessante
que vamos ver pela história que Jesus, quando encarnou-se, assumindo a
forma de servo, Ele não encarnou em uma família rica e próspera. Existiam
várias famílias abastadas na terra de Israel no primeiro século, que poderiam
sustentá-lo com suficiência para Ele realizar seu ministério, que poderiam
talvez mobilizar um grande número de servos, empregados e até mesmo soldados
para o protegerem. Poderiam abrir várias portas, apresentando-o a muitas
pessoas poderosas na época.
Mas em
nenhuma delas Jesus escolheu para se encarnar a não ser uma pobre família de
Nazaré, e se não bastasse escolher uma família humilde para encarnar-se,
decidiu que seu nascimento seria em um momento de viagem, e por essa ocasião,
sua maternidade seria uma manjedoura, e seu primeiro berço um cocho.
É bem contrastante
a imagem de o Filho de Deus, coroado de glória e majestade, nascendo como homem em um
local mal cheiroso, e em meio aos animais. Podemos imaginar quão forte foi este
sentimento que motivou Jesus somente com essas palavras, mas o texto nos fala
mais: “achado
na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte
de cruz.”.
Se não
bastasse nascer de uma forma tão humilde, Jesus, o Criador, Autor da Vida,
experimentou o que é a morte, e não apenas isso mais experimentou a morte mais
cruenta já produzida pela maldade humana, a morte de cruz!
Esse
sentimento, que Paulo nos adverte para que imitemos, foi capaz de motivar o Messias a encarnar-se, e experimentar a dor, sentir sua carne sendo dilacerada pelos açoites
romanos, experimentar a dor de ter seus pulsos e pés perfurados, experimentar o
escárnio e a zombaria de todos que estavam em volta daquela cruz, experimentar
a morte!
Se estivéssemos
falando de qualquer outro homem, seria muito razoável que admirássemos este
homem, por sua capacidade de renúncia, mas estamos falando do Filho de Deus! Imagine
quão forte o contraste do Filho de Deus pendurado em uma cruz!
Sabemos que
esse sentimento que motivou Jesus a morrer em uma cruz, foi o AMOR por nossas
vidas. Estávamos todos perdidos, separados de Deus por causa de nossos pecados,
mas Cristo recebeu em sua carne a culpa por todos nós, abrindo para nós um novo
caminho em seu sangue, para reconciliar-nos novamente com Deus.
“Porque
também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para
levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo
Espírito;” 1 Pedro 3:18
“Tendo,
pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,
Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,” Hebreus 10:19-20
Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,” Hebreus 10:19-20
O AMOR de
Cristo é sem dúvida, o maior e mais nobre sentimento que um dia alguém já ouviu
falar. Não existe nenhuma outra demonstração, ação ou sentimento, capaz de
ofuscar o AMOR de Cristo.
E por este
amor ele chama a todos ao arrependimento de seus pecados, e voltar-se para Deus.
Está é a verdadeira religião, a reconciliação entre Deus e os homens!
Paulo nos
convida a experimentar esse amor, a produzir em nós mesmos esse sentimento para
com nossos semelhantes, mas eu te digo que só é possível produzir este
sentimento para com outrem, se você for capaz de deixar-se envolver pelo
sentimento de Cristo, sentir-se verdadeiramente amado por Ele. Somente experimentando
este amor, e voltando-se para Cristo, é possível produzir este sentimento para
com seu semelhante.
Poderíamos
encerrar o estudo deste texto por aqui, mas os últimos versículos são muito
importantes, eles dizem que por causa do que Jesus fez “Deus o exaltou soberanamente, e lhe
deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o
joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua
confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.”, ou
seja, Jesus foi novamente entronizado em sua glória e majestade, e não apenas é
o Criador de todos nós, mas a partir de agora é também nosso Remidor e Resgatador.
Nós fomos
comprados pelo seu sangue, e todos nós, independente de raça ou credo, teremos
que um dia nos curvar diante dEle, e confessar que Ele é o Senhor!
Isso quer
dizer que mais cedo ou mais tarde você estará diante deste Jesus Cristo, não
mais humilhado e crucificado, mas agora entronizado em glória e majestade, e
diante dEle você será chamado a prestar contas de como respondeu a seu imenso
amor.
Será que você
tem dado o devido valor ao sangue derramado naquela cruz? Será que você tem
dado o devido valor ao AMOR do Deus encarnado?
Arrependa-se
hoje mesmo de seus pecados, aceite o amor de Jesus, busque a Cristo em oração e
diga-lhe que deseja ter um relacionamento pessoal com Ele. Busque a Deus de
todo o teu coração e de toda a tua alma e experimente na totalidade esse
sentimento poderoso que Cristo sentiu.
“Portanto,
como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os
vossos corações” Hebreus 3:7-8a
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