O canto da sereia: As paixões e o casamento!

Começamos um assunto falando sobre o “canto de sereia” que tem iludido a nossa sociedade e conduzido ela a um comportamento autodestrutivo. Caso você não tenha lido a introdução desta sequencia de estudos, convido a ler: http://fesalvacaoeobras.blogspot.com.br/2015/03/o-canto-da-sereia.html

Neste estudo estaremos aprofundando o assunto. O propósito é apresentarmos como a visão atual que temos da família, e como o comportamento contemporâneo em nível de família tem levado a nossa sociedade a uma perigosa degradação moral.
O estudo de hoje será direcionado aos jovens solteiros, que estão à procura de sua “alma gêmea”, que será seu futuro cônjuge.
A família será o reflexo do indivíduo, que se une a viver com outra pessoa do sexo oposto, e nesta nova sociedade têm direitos e deveres.
Portanto, se queremos ter uma família sólida, onde haja harmonia, e a verdadeira felicidade, devemos começar a nos preocupar com isso ainda jovem, muito antes de nos casarmos.
Aqui entra onde o “canto de sereia” mais tem feito seus estragos.
A nossa sociedade tem criado concepções de relacionamentos muito distantes do que a bíblia tem apresentado. E visam mais à satisfação dos prazeres carnais, do que a busca responsável pela parceira ou parceiro com quem iremos constituir nossa família.
O mundo hoje aceita que o jovem “fique” com alguém, que o namoro possa ser sem propósito, que o sexo possa ser sem compromisso, tem inclusive aceitado que o individuo pode escolher sua sexualidade podendo experimentar relações homoafetivas.
Não existe nada mais distante da Palavra de Deus e mais nociva à família do que este comportamento citado acima.
Isso ocorre pela valorização dos prazeres e da desvalorização do compromisso, da fidelidade, da castidade e da virgindade.
Vivemos dias em que os jovens vão às baladas, se beijam, “amassam”, fornicam, às vezes com mais de uma pessoa na mesma noite, e no outro dia beijam, “amassam” e fornicam com outras pessoas e por aí vai.
A grande defesa deste comportamento é: “que mal tem? São jovens, estão “conhecendo” sobre sua sexualidade”.
Deus fez o sexo para ser parte da aliança entre o homem e sua mulher, uma união que deve durar toda a vida.
O comportamento contemporâneo tem banalizado o que é o sexo. Não é apenas o risco de doenças sexualmente transmissíveis, ou de uma gravidez indesejada. O problema maior é a banalização da aliança matrimonial.
O sexo foi criado por Deus ainda no Éden, e as palavras do Eterno foram essas:
“Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2:24
O ser uma só carne implica em um compartilhamento mutuo não apenas do prazer, mas principalmente dos princípios, valores, do comprometimento mutuo, do andarem juntos.
O casamento na bíblia é uma aliança pública entre o homem e a sua mulher, onde passam a ter tudo em comum, onde se têm responsabilidades distintas, mas um propósito comum. E o sexo foi criado para ser a consumação dessa aliança, é a intimidade que se entrega apenas a aquela com quem se compartilha sua vida.
Esse simbolismo é tão forte que Deus usa como figura a relação sexual da noite de núpcias para tipificar o momento em que Jesus voltará para se casar com a sua Igreja.
Da mesma maneira em que os noivos se conheciam intimamente apenas na noite de núpcias, Deus nos convida a conhecê-lo intimamente. Essa intimidade é aquilo que se apresenta apenas à pessoa amada, e não às demais pessoas. Paulo registra que:
“Mas, como está escrito:As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem,são as que Deus preparou para os que o amam.” 1 Coríntios 2:9
Mas o pecado tem deturpado o significado do sexo, rebaixando-o a uma mera satisfação carnal, que em si não pode satisfazer o homem. A banalização da intimidade do homem, transformando-a em uma mera busca pelo prazer, acaba por destruir o principal alicerce do casamento, que é a fidelidade.
Muitos já devem ter ouvido histórias de seus avós ou bisavós que se casaram com pessoas que nem sequer conheciam. Uma época em que os casamentos eram arranjados, porém, eram casamentos que duravam por toda a vida. Onde, apesar de não haver uma “paixão” inicial, eram casamentos em que os cônjuges aprendiam a se amar, se respeitar, que criavam seus filhos com princípios e valores.
Não estou defendendo o retorno desde padrão de casamentos arranjados, mas algo de muito valioso deixamos escapar desde aquele tempo para hoje. Porque hoje os jovens se apaixonam e se entregam a tantas pessoas, e quando se casam e essa paixão acaba, o que fazem é optar pelo divórcio ou pelo adultério.
A razão de nós termos tantos divórcios e adultérios hoje é porque o jovem não está em busca de um parceiro com quem se compartilha a vida, mas está em busca de um corpo perfeito e de um prazer. E isso começa quando banalizamos o sexo.
A busca única pelo prazer nos relacionamento é a principal causa da deterioração do casamento. O casamento é muito mais do que satisfação carnal. O casamento é um compromisso para vida toda, para formar uma família, para criar filhos dentro de valores morais.
Os jovens de hoje se casam com a pessoa errada, no momento errado, e pelos motivos errados, e o reflexo disso se dará na criação dos filhos, na estrutura familiar, e depois na degradação da sociedade.
Os judeus dizem uma frase que deveria nos fazer refletir muito:
“O gentio se casa com a mulher que ama, o judeu ama a mulher com quem se casa”
Essa é uma triste realidade que também está entrando da igreja. Os jovens cristãos não tem sido instruído quanto à importância da escolha certa para o casamento, nem da importância da castidade e da virgindade.
E para nosso espanto, não são poucas as denominações atuais que aceitam a relação sexual entre jovens solteiros, o que é uma violação clara de muitos mandamentos de Deus.
O homem e a mulher devem entregar sua intimidade apenas a aquele que escolher para compartilhar a vida.
O frenesi pela busca da felicidade através da satisfação dos prazeres tem corrompido os valores dos homens, banalizado o casamento, o sexo, e o impacto disto na família e na sociedade tem sido terrível.
Jesus quando anunciou sua volta disse:
“Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,” Mateus 24:38
Será que podemos entender este “casavam e davam-se em casamento” como a banalização do casamento? Com a quantidade de divórcios e segundos casamentos?
Resgatar os princípios bíblicos sobre a família, sobre o casamento, sobre a relação matrimonial é essencial para a nossa restauração como indivíduos e de nossa sociedade.
Precisamos, como cristãos, nos atentar para o que a Palavra de Deus nos orienta, e tê-la de fato como padrão para as nossas vidas, principalmente para a escolha de nosso futuro cônjuge. Pois assim estaremos perseguindo um casamento onde o amor será fruto do compromisso, onde os filhos terão bom exemplo em seus pais, onde a felicidade será resultado dos valores e princípios corretos.
A satisfação carnal é incapaz de nos trazer plena felicidade. A felicidade é fruto de um caminhar correto, nas bases estabelecidas por Deus em suas Leis e seus mandamentos.
“E dei-lhes os meus estatutos e lhes mostrei os meus juízos, os quais, cumprindo-os o homem, viverá por eles.” Ezequiel 20:11


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