Conheço muitas pessoas que decidiram
por servir a Yeshua, frequentam uma igreja, oram e jejuam, mas sentem uma certa
frustração em sua caminhada por não conseguir alinhar a vida secular com as expectativas
da vida religiosa.
Muitos crentes participam de
cultos abençoados, onde sentem a presença do Eterno, são tocados pela Palavra
ministrada, e pelos louvores, mas no dia seguinte, quando se defrontam com a
rotina do dia a dia, parece que toda aquela experiência renovadora fica no
passado.
Essa constante decepção leva a
uma sensação de que a vida religiosa é um aparte na vida do discípulo de Yeshua,
e que a santidade e a consagração são apenas para líderes eclesiásticos.
A principal razão para este
efeito na vida de muitos cristãos é que a Bíblia não é estudada como deveria.
Não é evidenciado os aspectos práticos e literais das Escrituras.
Quando observamos as ministrações
nos cultos, em quase sua totalidade, os textos bíblicos são “espiritualizados”
e descontextualizados, e, em nome da interpretação alegórica das Escrituras, os
pregadores criam uma sensação de relativização das Escrituras, que impedem os
cristãos de enxergarem no texto bíblico instruções claras e necessárias para o
dia a dia.
E isso tem impacto direto em
nossa Fé, pois a Fé é fruto da Experiência.
A definição correta de Fé é:
Firme convicção da Verdade. Confiança na realidade. Expressão da veracidade do
que se afirma.
Aos Hebreus o escritor afirmou:
“Ora, a fé é o
firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não
vêem”. Hebreus 11:1.
Segundo o escritor da carta aos
Hebreus, a Fé é a convicção, a certeza de coisas que se esperam, e a prova
cabal e conclusiva daquilo que não se vê.
Não há como ter essa firme convicção
e confiança se houver dúvidas de que “o que se espera” e “o que não se vê” seja
verdadeiro. E é a experiência com a Verdade que nutri em nós a Fé. Por isso Paulo
escreveu:
“E não somente
isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz
a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a
esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos
corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. Romanos 5:3-5.
Ao experimentar a Verdade das
Escrituras em nossas vidas somos fortalecidos em nossa fé. Entramos em um ciclo
virtuoso, onde saímos cada vez mais fortalecidos e convictos da Verdade.
Mas como ter essa experiência com
a Verdade se não somos encorajados a obedecer às Escrituras?
Paulo advertiu dizendo:
“De sorte que a fé
é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”. Romanos 10:17.
O que era a Palavra de Deus para
Paulo? No tempo de Paulo a Palavra do Eterno era o que hoje é conhecido por
TANACH, ou seja: Torá, Neviim e Ketuvim. O que chamamos de Antigo Testamento é
exatamente o que Paulo chama de Palavra de Deus. E é por meio do ouvir esta
Palavra que a Fé é gerada.
Mas tem um outro detalhe que para
nós passa desapercebido nas palavras de Paulo. A palavra SHEMÁ (ouvir) que
Paulo se refere não compreende apenas escutar, mas ouvir com a atenção
necessária a fim de aprender.
O maior mandamento da Torá,
segundo Yeshua em Marcos 12:29 começa justamente com essa palavra: SHEMA
ISRAEL! Ouve Israel, o Eterno nosso Deus, o Eterno é um.
Não se trata apenas de ouvir, mas
de internalizar essas palavras de forma a produzir em nós experiência. Ou seja,
é necessário ouvir a Palavra do Eterno, assimilar seus aspectos práticos, e
viver segundo a verdade aprendida.
Quando o povo de Israel foi
liberto do Egito, encontraram com o Eterno no monte Sinai, onde foi
estabelecida uma aliança. Essa aliança tinha por objetivo fazer de Israel uma
nação santa, um sacerdócio para todas as nações da terra. Para tanto, para que
Israel se distinguisse das demais nações, e cumprisse o seu propósito, o Eterno
lhes concedeu a sua Torá.
A Torá traz aspectos práticos da
vida do servo do Eterno. Ela ensina o servo de Deus a andar e viver em justiça,
fazendo daquele que a pratica um representante do Reino de Deus.
Sabemos que Israel falhou em
muitos pontos do propósito inicial que o Eterno havia estabelecido em Êxodo 19,
e justamente por causa destas falhas que o Eterno prometeu uma Nova Aliança a
ser estabelecida com seu povo (Jeremias 31:31-34).
Nesta Nova Aliança a Torá não
mais seria escrita em pedras, externa ao judeu, mas seria escrita em seus
corações e mentes. A mesma Torá que fora dada por intermédio de Moisés, e que
segundo Paulo, ao ouvir e obedecer, teríamos produzido em nós a Fé.
Portanto é o ouvir e praticar os
princípios da Torá que produz em nós a fé que necessitamos para vencer na vida
como servos do Eterno.
Yeshua mesmo disse:
“Não cuideis que
vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em
verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til
jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar
um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será
chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será
chamado grande no reino dos céus”. Mateus 5:17-19
Precisamos resgatar o ensino e a
prática da Torá em nossas vidas, para que possamos crescer em Graça e
Conhecimento do Eterno. Sendo assim vitoriosos em nossa caminhada como
discípulos de Yeshua.
Que o Eterno nos abençoe e nos
conduza durante nossa caminhada.
Namorados que moraram juntos por quase um ano( ambos sairam da casa de seus pais, sendo o rapaz por causa de trabalho e a moça para acompanha-lo), depois de rompido, casaram-se com outras pessoas, cometeram adulterio?
ResponderExcluirQual uniao é a verdadeira para o Criador?
E quanto aos conjuges dos ex-namorados, se houver divorcio, como estão diante Dele? Se casarem com pessoas solteiras estão em pecado?
Agradecida.
Tereza
Segue um estudo sobre o tema.
Excluirhttps://fesalvacaoeobras.blogspot.com/2014/10/divorcio-e-segundo-casamento.html