“Tende cuidado, para que ninguém
vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição
dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; porque nele
habita corporalmente toda a plenitude da divindade; e estais perfeitos nele,
que é a cabeça de todo o principado e potestade; no qual também estais
circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo dos
pecados da carne, pela circuncisão de Cristo; sepultados com ele no batismo,
nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre
os mortos.” Colossenses 2:8-12
A exortação de Paulo aos Colossenses,
no início do capítulo 2, é uma introdução a respeito daquilo que ele discorrerá
por todo o capítulo 2 e 3. A exortação é para que os colossenses não se
permitissem serem aprisionados por meio de filosofias e vãs sutilezas.
Essas filosofias e vãs sutilezas,
segundo Paulo, eram em dois sentidos. Segundo a tradição de homens, e segundo
os rudimentos do mundo. São questões diferentes que tentavam tirar os
discípulos crentes da centralidade da fé no Messias Yeshua.
O primeiro aspecto, segundo a
tradição de homens, Paulo se refere às vãs sutilezas que os fariseus, membros
do partido da circuncisão, utilizavam para forçar os gentios a se
circuncidarem.
Este foi um grande problema para
Paulo. Desde o início do ministério de Paulo, o grupo de fariseus denominado “partido
da circuncisão” combatia o ensino de Paulo por onde ele passava.
Paulo ensinava que os gentios
eram enxertados em Israel pela fé no Messias Yeshua. Ao arrepender-se de seus
pecados, e converter-se ao Deus de Israel, crendo no sacrifício de Yeshua para
remissão de pecados, o gentio era incluso no Reino de Deus, sendo considerado
membro da família de Deus. A partir desde momento, o gentio aprenderia da Torá
a vontade do Eterno, aplicando seus princípios por entendimento e fé, conforme
seu crescimento e comprometimento com o Eterno, e não por obrigação.
No entanto, os oponentes de Paulo
anunciavam que esses gentios, que estavam se convertendo ao Deus de Israel,
deveriam passar pelo processo de proselitismo, sendo circuncidados e obrigados
a guardar as leis e tradições do judaísmo, para serem considerados “família de
Deus”. Deveriam obrigatoriamente se fazerem judeus para serem admitidos como
participantes do Reino de Deus.
A religiosidade é um veneno para
a fé.
São vários os argumentos que os
religiosos usam para aprisionar as pessoas ao seu sistema. Sempre negam a fé
simples, buscam sempre impor seus dogmas como a única verdade, e rejeitam os
que pensam diferente. São ávidos em acusar as pessoas de pecados, e mostrarem
os defeitos de outras denominações, mas não são tão ávidos assim para acusar
seus pares.
A religiosidade consiste em uma
clara substituição de valores.
Segundo o ensino de Paulo, nossa
confiança deve estar sempre no Messias, naquele que não apenas perdoa os nossos
pecados, como também nos santifica, operando em nós a circuncisão que remove de
nós nossos pecados, através da ação do Espírito Santo.
É mediante a fé no Messias, que somos
impelidos a viver de forma a agradar a Deus, pois nEle estamos mortos para o
mundo, sendo feitos novas criaturas pelo Poder de Deus, e não pela imposição
dogmática dos religiosos.
Mas há ainda o segundo aspecto da
exortação de Paulo, pelo qual somos provocados ao afastamento da centralidade de
nossa fé. Tratam-se das filosofias segundo os rudimentos do mundo.
Muito se fala sobre a expressão “rudimentos
do mundo”, mas para as pessoas no tempo de Paulo essa expressão era muito
clara. Paulo estava falando do Estoicismo. Segundo essa filosofia, a evolução espiritual
era alcançada através de um grande rigor ascético.
Os estoicos não comiam carnes,
aplicavam rigorosos períodos de jejum, evitavam tudo o que poderia conferir
algum tipo de prazer.
Muitos dos novos convertidos que
eram congregados à comunidade dos discípulos através da fé em Yeshua, eram
oriundos do estoicismo. Para estes, o estoicismo ainda era um grande problema.
Para o estoico, o pecado estava
relacionado ao prazer na carne. Mas para os discípulos de Yeshua o pecado é
caracterizado pela desobediência à Torá. Para o estoico o ser santificado era
alcançar um nível de espiritualidade superior ao demais, a ponto de não poderem
se relacionar com qualquer pessoa. Para os discípulos de Yeshua a santificação
é o processo pelo qual nos parecemos mais com Yeshua, influenciando as pessoas
a nossa volta sem nos afastarmos delas.
O estoico negava a Torá, pois
apregoava que o mais importante era a moralidade e o rigor ascético. Até hoje
muitos negam a Torá e a consideram antiquada, e defendem que o que importa é o
cristão ser moralmente correto.
A base do pensamento estoico é a
aparência, a base da Torá é a essência, é o ser uma bênção. Por isso Paulo
argumenta:
“Se, pois, estais mortos com
Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de
ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não
manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e
doutrinas dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria,
em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de
valor algum senão para a satisfação da carne.” Colossenses 2:20-23.
E não somente isso, além de
abandonar os conceitos estoicos de santidade, Paulo exorta os colossenses a
buscarem a sabedoria que vem do alto, da parte de Deus, através da Torá:
“Portanto, se já ressuscitastes
com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à
destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra;
porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” Colossenses
3:1-3.
“Vedes aqui vos tenho ensinado
estatutos e juízos, como me mandou o Senhor meu Deus; para que assim façais no
meio da terra a qual ides a herdar. Guardai-os pois, e cumpri-os, porque isso
será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos, que
ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Este grande povo é nação sábia e
entendida.” Deuteronômio 4:5,6.
“Os seus caminhos são caminhos de
delícias, e todas as suas veredas de paz. É árvore de vida para os que dela
tomam, e são bem-aventurados todos os que a retêm.” Provérbios 3:17,18.
A exortação de Paulo aos
colossenses não é diferente para os discípulos de Yeshua em nossos dias.
Vivemos dias em que a religiosidade e as filosofias tem inundado as igrejas, e
afastado as pessoas da Verdade.
Se cremos que Yeshua é o Filho de
Deus, cremos que sua Palavra é a Verdade. Se essa é nossa convicção, devemos
estar confiantes em seu sacrifício para o perdão de nossos pecados, ao mesmo
tempo em que devemos estar cientes de que é a Torá de Yeshua, e dos apóstolos, que
nos dará a instrução para vivermos conforme a vontade do Pai.
É a busca do entendimento da
Palavra do Eterno que nos fortalecerá a vencer as vãs sutilezas e filosofias
daqueles que querem nos aprisionar longe da fé em Yeshua.
Que o Eterno nos abençoe, e nos
traga o correto entendimento de sua Palavra.
Namorados que moraram juntos por quase um ano( ambos sairam da casa de seus pais, sendo o rapaz por causa de trabalho e a moça para acompanha-lo), depois de rompido, casaram-se com outras pessoas, cometeram adulterio?
ResponderExcluirQual uniao é a verdadeira para o Criador?
E quanto aos conjuges dos ex-namorados, se houver divorcio, como estão diante Dele? Se casarem com pessoas solteiras estão em pecado?
Agradecida.
Tereza