Soberania de Deus e o Perdão!

José foi vendido como escravo ao Egito quando tinha dezessete anos. Durante treze anos ele sofreu como escravo, foi injustiçado e preso. Mas, pela Graça de Deus na sua vida, e por sua integridade, ele foi elevado a governador do Egito.

 

A história de José já seria, até aqui, um grande caso de superação, paciência, fé e vitória. Mas as provas na vida de José não haviam terminado.

 

Capítulo 45 de Gênesis narra o que seria a maior prova que José teria de passar: Lidar com seu passado.

 

Desde o capítulo 42 de Gênesis José estava enfrentando este passado. Seus irmãos vieram até ele para comprar comida, sem o reconhecerem. Aproveitando que seus irmãos não o reconheceram, José prova seus irmãos, e age de maneira ardilosa para ver seu irmão Benjamim (único irmão por parte de pai e mãe).

 

Mas agora, não tem como protelar a situação, ele precisa se revelar a seus irmãos. Ele precisa dizer a seus irmãos que ele era o José, que fora vendido como escravo ao Egito.

 

Diferentemente do que poderíamos fazer em seu lugar, José não agiu com revanchismo, não acusou seus irmãos, nem lançou na cara deles seus erros.

 

José fora ridicularizado por seus sonhos, onde seus irmãos se prostravam diante de si. E de fato, por duas vezes, seus irmãos se curvaram diante dele para comprar de suas mãos comida. José poderia agora lançar isso a seus irmãos, poderia mostrar sua superioridade, e envergonhá-los publicamente.

 

Mas as palavras de José foram muito diferentes disto:

 

"Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos aborreçais por me haverdes vendido para cá; porque para preservar vida é que Deus me enviou adiante de vós. Porque já houve dois anos de fome na terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem sega." Genesis 45:5-6

 

Mais do que perdoar seus irmãos pelo fato de o terem vendido, José reconheceu que havia um propósito maior da parte de Deus em tudo o que lhe acontecera.

 

Esse é o grande princípio que precisamos aprender com José, reconhecer que o Eterno governa tudo em nossas vidas, independente das ações que outros nos façam.

 

Precisamos entender que Deus é poderoso para livrar e para permitir qualquer coisa em nossas vidas. E Ele governa tudo em nossas vidas, tanto coisas boas quanto más. Mesmo que pessoas tentem fazer o mal contra nós, e por vezes consigam, o Eterno só permitirá este mal nos atingir para produzir em nós, ou através de nós, um bem maior.

 

Portanto, tendo essa consciência, o perdão deixa de ser um mero ato de complacência para com o próximo, para ser um ato de reconhecimento da soberania de Deus em nossas vidas.

 

Não podemos negar também que a vida de José é uma figura do Messias. Yeshua morreu na cruz e ressuscitou, foi elevado com Rei dos reis e Senhor dos senhores, não para nos humilhar ou condenar, mas para dos dar o seu perdão.

 

Tendo em Yeshua o perdão de todos os nossos pecados, e a certeza de que Ele governa tudo em nossas vidas, podemos liberar perdão a todos quantos nos fazem qualquer tipo de mal, pois sabemos que se tal mal nos atingir, é para que seja produzido em nós algo melhor, que nos preservará a Vida.

 

Por isso Paulo escreveu:

 

"E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." Romanos 8:28.

 

Se você tem sofrido por algum mal que alguém lhe fez, entenda que, se Deus permitiu este mal atingir você, é porque Ele deseja produzir em você um bem maior. Seja um arrependimento, seja um concerto, seja uma experiência pessoal com Ele que aumentará sua fé, seja a oportunidade de dar testemunho de sua fé, não importa, nosso Deus é poderoso para transformar todo mal em benção, e Ele deseja produzir em nós Vida.

 

E com isso em mente, perdoe seu ofensor, em reconhecimento de que é o Eterno quem governa sua vida.

 

Que o Eterno nos abençoe, e produza em nós toda a sorte de bênçãos, para glória de seu Nome.

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