Aprenda a interceder com Moisés.


Quando Israel já estava prestes a entrar na terra prometida, Moisés faz um discurso, que é todo o livro de Deuteronômio, onde, nos capítulos 7 e 8, Moises relembra os israelitas sobre as promessas do Eterno.

Entre essas promessas está a posse daquela terra, e a vitória sobre todos os seus inimigos.

Moisés então faz uma advertência muito interessante:

"Portanto, esteja certo de que não é por causa de sua justiça que o Senhor seu Deus lhe dá esta boa terra para dela tomar posse, pois você é um povo obstinado." Deuteronômio 9:6.

A partir deste momento, Moisés relembra Israel sobre os diversos momentos em que, durante a travessia do deserto, eles se rebelaram contra o Eterno. E os momentos em que o Eterno intentou destruir o povo por causa da sua obstinação.

Moisés relembra também que, em todos esses momentos, ele se dispôs a interceder por Israel, com orações, clamores e jejuns.

Podemos dizer que a intercessão de Moisés foi crucial para que os planos do Eterno se cumprissem para com aquela geração que estava prestes a entrar na Promessa.

Aprendemos com essa passagem da Torá a importância da intercessão. E não apenas isso, mas também a seqüência da intercessão.

Moisés primeiramente orou, clamou ao Eterno por misericórdia. Em nenhum momento Moisés tentou minimizar os pecados que Israel cometera, muito pelo contrário. Moisés entendeu que seu povo era culpado e obstinado.

Mas não obstante os pecados de Israel, Moisés sabia que o Nome do Eterno estava sobre aquele povo, e foi o zelo pelo Nome do Eterno que o motivou a interceder:

"Foi quando orei ao Senhor, dizendo: Ó Soberano Senhor, não destruas o teu povo, a tua própria herança! Tu o redimiste com a tua grandeza e o tiraste da terra do Egito com mão poderosa. Lembra-te de teus servos Abraão, Isaque e Jacó. Não leves em conta a obstinação deste povo, a sua maldade e o seu pecado, se não os habitantes da terra de onde nos tiraste dirão: "Como o Senhor não conseguiu levá-los à terra que lhes havia prometido, e como ele os odiava, tirou-os para fazê-los morrer no deserto". Deuteronômio 9:26-28.

Primeira lição que aprendemos sobre a intercessão é: Não minimizar os pecados. 

Pecados são graves, fazem separação entre os homens e Deus, e são a causa das maldições atingirem os seres humanos.

Portanto, a razão de intercedermos por alguém deve ser o reconhecimento de que o Eterno é misericordioso. Que cada um de nós somos feituras dEle. Criados por Ele para vivermos em boas obras, experimentando as bênçãos e os cuidados que vem dEle. 

Se isso não está sendo a realidade de uma pessoa, é porque ela está longe do propósito do Eterno, e nosso desejo, como servos de Deus, é que os propósitos do Eterno se cumpram na totalidade.

Por causa deste propósito inicial, que vem de Deus e retorna para Deus, que devemos interceder por aqueles que estão longe do Eterno.

Segundo ponto da intercessão foi o que Moisés fez o tempo todo durante a caminhada no deserto. 

Moisés não apenas orou por seu povo. Moisés também advertiu seu povo a perseguir o caminho da obediência.

"E agora, ó Israel, que é que o Senhor seu Deus pede de você, senão que tema o Senhor, o seu Deus, que ande em todos os seus caminhos, que o ame e que sirva ao Senhor, ao seu Deus, de todo o seu coração e de toda a sua alma,
e que obedeça aos mandamentos e aos decretos do Senhor, que hoje lhe dou para o seu próprio bem?" Deuteronômio 10:12,13.

É muito importante, para não dizer fundamental, orar pelas pessoas queridas que estão longe do Caminho do Eterno, e que estão sofrendo pelas conseqüências de seus pecados. 

Mas também é muito importante advertir, orientar, mostrar à pessoa os efeitos de suas escolhas, e o quão importante é buscar estar próximo de Deus, em obediência a seus mandamentos.

Durante os quarenta anos que Moisés liderou Israel pelo deserto, ele ensinou a Torá do Eterno a Israel, e chamou Israel à obediência.

Foi assim que Israel chegou às portas da terra prometida. Porque houve alguém que se dispôs a interceder por Israel de forma plena.

Que o Eterno nos abençoe!

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