Um chamado ao arrependimento.


A porção de leitura da Torá desta semana é o capítulo 31 de Deuteronômio. É um capítulo muito conveniente para o momento em que estamos, às proximidades do dia de Yom Kippur.

Yom Kippur faz parte das celebrações de Sucot (festa dos tabernáculos), e é o dia que o Eterno estabeleceu no seu calendário como um memorial da necessidade de um arrependimento genuíno. 

Não que este seja o único dia de arrependimento. O coração arrependido deve ser uma constante na vida do servo de Deus. Devemos nos arrepender sempre que tomarmos consciência do pecado. Mas o desejo do Eterno em estabelecer Yom Kippur é estabelecer um memorial profético.

Neste capítulo vemos que o Eterno ordenou que nestes dias, de sete em sete anos, o livro de Deuteronômio fosse lido aos ouvidos de todo Israel. 

De sete em sete anos todos os israelitas ouviam esta advertência que aparece no capítulo 31 de Deuteronômio, de que eles se desviariam dos caminhos do Eterno, e por isso seriam castigados.

Essa advertência tinha dois objetivos: produzir no coração dos israelitas o temor para que não desviassem dos caminhos do Eterno, e também, um alerta para que, ao se desviarem, retornassem à obediência a Deus.

Aprendemos aqui que o arrependimento só pode surgir verdadeiramente no nosso coração a partir do momento em que somos confrontados com a Torá do Eterno.

A Torá é o espelho que mostra a nós as nossas falhas, nossos pecados, e nossa necessidade de perdão. 

Não por menos, em Yom Kippur, existe a tradição de lermos o Salmo 119. Este Salmo nos fala sobre a importância de ter a Torá sempre na mente e no coração.

Mas nada disso teria valor, se não tivéssemos o meio pelo qual verdadeiramente pudéssemos ser perdoados. 

Apenas sermos confrontados com nossos pecados, e termos o genuíno arrependimento, não seriam suficientes se o Eterno não tivesse nos dado o meio pelo qual nossos pecados fossem expiados.

Neste capítulo 31 vamos encontrar dois momentos muito interessantes. Não obstante a mensagem pesada que ela carrega, dizendo sobre o pecado que Israel cometeria, e de como o Eterno esconderia deles o seu rosto, em dois momentos vamos encontrar:

"Sejam fortes e corajosos. Não tenham medo nem fiquem apavorados por causa deles, pois o Senhor, o seu Deus, vai com vocês; nunca os deixará, nunca os abandonará". Então Moisés convocou Josué e lhe disse na presença de todo o Israel: "Seja forte e corajoso, pois você irá com este povo para a terra que o Senhor jurou aos seus antepassados que lhes daria, e você a repartirá entre eles como herança. Deuteronômio 31:6,7

O Senhor deu esta ordem a Josué, filho de Num: "Seja forte e corajoso, pois você conduzirá os israelitas à terra que lhes prometi sob juramento, e eu próprio estarei com você". Deuteronômio 31:23

No texto acima vemos que o Eterno daria a vitória a Israel contra seus inimigos, e que Ele NUNCA os abandonaria, e que essa vitória viria através de Josué.

No hebraico, o nome de Josué é "Yehoshua", que, após alguns anos, assumiu a grafia de "Yeshua". Assim "Yeshua" e "Yehoshua" são grafias para o mesmo nome.

Vejamos o que o anjo Gabriel disse a José:

"Ela dará à luz um filho, e você deverá dar-lhe o nome de 'Yeshua', porque ele salvará o seu povo dos seus pecados". Mateus 1:21

Assim como através de Josué o Eterno deu a posse aos filhos de Israel da terra prometida, através de Yeshua, o Eterno nos dá a posse da herança Eterna, a expiação dos pecados, e a Vida Eterna.

É Yeshua quem nos conduz à nossa herança, e por meio dEle o Eterno nunca nos abandonará. 

Portanto, Yom Kippur nos lembra de duas coisas muito importantes. Primeiro que precisamos da Torá para nos conduzir ao genuíno arrependimento, segundo que precisamos estar em Yeshua para termos acesso à Graça do Eterno.

O Eterno nos abençoe!

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