Na parashá desta semana terminamos o livro de Vaykrá
(Levíticos 26:3-27:34).
No capítulo 26 o Eterno demonstra sua soberania em retribuir
a Israel conforme as suas escolhas.
O Eterno deu a Torá para seu povo, a fim de santificar a
Israel, fazendo dela uma nação sacerdotal. Nação pela qual todas as nações da
terra conheceriam ao Eterno.
Se Israel obedecesse aos mandamentos da Torá, seriam então
abençoados, e seriam testemunhas para todas as nações da terra sobre a bênção
que é servir a Adonai.
Se Israel desobedecesse aos mandamentos da Torá, seriam
então amaldiçoados, e seriam testemunhas para todas as nações da terra sobre a
maldição que é dar as costas a Adonai.
O Eterno é Soberano, independentemente das escolhas que
fizermos.
Existem alguns cristãos que são deterministas, e acreditam
que o homem não tem nenhum poder de escolha, e alegam para isso que Deus é
Soberano.
O que a Torá tem a dizer para estes é que o Eterno nos deu
sim a capacidade de escolher entre obedecê-lo ou não, e sempre exercerá sua
soberania sobre nós.
Se escolhermos o caminho da obediência, então sua soberania
se manifesta em cumprir sobre nós a sua promessa de benção e paz.
Se escolhermos o caminho da rebeldia, então sua soberania se
manifesta em cumprir sobre nós as conseqüências de nossos pecados.
E sobre este aspecto em específico, esta parashá trás uma
nuance muito importante sobre a Misericórdia do Eterno na ação de sua
Soberania.
"Eu também andei para com eles contrariamente, e os fiz
entrar na terra dos seus inimigos; se então o seu coração incircunciso se
humilhar, e então tomarem por bem o castigo da sua iniqüidade, também eu me
lembrarei da minha aliança com Jacó, e também da minha aliança com Isaque, e
também da minha aliança com Abraão me lembrarei, e da terra me lembrarei."
Levítico 26:41,42.
As vezes temos uma idéia equivocada sobre o castigo do
Eterno. Muitos olham para a punição dos pecados como um capricho de Deus por
ter sido contrariado por suas criaturas.
Não, muito pelo contrário.
Quando o Eterno nos pune com as conseqüências de nossos
pecados, o objetivo final é para nos levar à consciência nossos atos e suas conseqüências,
para então virmos ao arrependimento.
O propósito do Eterno é que o castigo pela iniqüidade se
transforme em bem, ao levar-nos ao arrependimento e à restauração da comunhão
com nosso Criador.
O Eterno é o Pai da Vida, aquele que estabelece a Paz, o que
é a própria definição do Amor. Como esperamos ter Amor, Paz e Vida nos
rebelando contra nosso Criador? O que podemos esperar como conseqüência de
nossa rebeldia se não o desamor, o conflito e a morte?
Para nos alertar para as conseqüências de nossos pecados que
o Eterno envia sobre nós a punição, antes que chegue o momento em que não será
mais possível o arrependimento, e a mudança de coração.
Portanto, em toda a ação de Deus sobre nossas vidas, seja em
bênçãos ou em maldições, o que se evidência é o amor e o cuidado de Deus para
conosco, para nos fazer o bem.
O Eterno nos abençoe!
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