Autoridade do homem sobre a mulher

As parashot Matôt e Massêi (Números 30:1-36:13) encerram o livro de Números. A parashá começa trazendo um mandamento muito interessante a respeito do juramento.

“Quando um homem fizer voto ao Senhor, ou fizer juramento, ligando a sua alma com obrigação, não violará a sua palavra: segundo tudo o que saiu da sua boca, fará.” Números 30:2.

O mandamento é claro, caso um homem faça um juramento ou um voto, de que fará tal coisa, ou empenhar sua palavra com juramento, está ligando a sua alma com obrigação, e deverá cumprir com tudo o que falou.

Na mesma linha Yeshua vai ensinar dizendo:

“Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos ao Senhor. Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.” Mateus 5:33-37.

O mandamento da Torá é na verdade um desestímulo à prática do juramento com leviandade. O nosso falar deve ser correto, a mentira não pode fazer parte de nossa vida, e o juramento deve ser o último recurso a ser adotado para que a palavra seja aceita como verdadeira.

Não há pecado algum em não jurar, mas ao passo em que um juramento é feito, estamos obrigados ao juramento, e há pecado em jurando não cumprir. Por isso Yeshua ordena para não jurar, pois o nosso falar deve ser sim, sim e não, não. Não podemos aceitar que um servo de diz diga sim para algo em um momento, e depois diga não em outro momento. Devemos ter firmeza e seriedade no falar.

Mas esta parashá trás uma questão muito interessante no que diz respeito ao juramento da mulher.

“Também quando uma mulher, na sua mocidade, estando ainda na casa de seu pai, fizer voto ao Senhor, e com obrigação se ligar, e seu pai ouvir o seu voto e a sua obrigação, com que ligou a sua alma; e seu pai se calar para com ela, todos os seus votos serão válidos; e toda a obrigação com que ligou a sua alma, será válida.
Mas se seu pai lhe tolher no dia que tal ouvir, todos os seus votos e as suas obrigações com que tiver ligado a sua alma, não serão válidos; mas o Senhor lhe perdoará, porquanto seu pai lhos tolheu.
E se ela for casada, e for obrigada a alguns votos, ou à pronunciação dos seus lábios, com que tiver ligado a sua alma; e seu marido o ouvir, e se calar para com ela no dia em que o ouvir, os seus votos serão válidos; e as suas obrigações com que ligou a sua alma, serão válidas.
Mas se seu marido lhe tolher no dia em que o ouvir, e anular o seu voto a que estava obrigada, como também a pronunciação dos seus lábios, com que ligou a sua alma; o Senhor lhe perdoará.” Números 30:3-8.

Este texto, muito interessante, vai deixar claro dois princípios que, infelizmente, na atualidade estão distantes de nós. Primeiro que o homem tem autoridade sobre a mulher, seja sobre a filha solteira, seja sobre a esposa.

Atualmente, falar isso soa quase que como uma ofensa, mas a realidade é que a mulher necessita de um homem sobre ela para usar sobre ela de autoridade. O problema é a idéia que se faz sobre a autoridade do homem sobre a mulher.

O homem tem autoridade sobre a mulher não para subjugá-la, ou para subordiná-la, mas a autoridade do homem sobre a mulher deve ser exercida para protegê-la e acolhê-la. E este é o segundo ponto que esta parashá nos ensina.

O homem, seja o pai ou o esposo, que ouvir o juramento da esposa, na qual ela está ligando sua alma com obrigação, ele primeiro deve estar atento ao que a mulher diz.

Infelizmente os homens até querem exercer autoridade sobre as suas mulheres, mas não estão dispostos a ouvi-las, nem a compreendê-las. A Torá diz justamente o oposto, devemos estar atentos ao que nossas mulheres estão falando.

Segundo ponto, ao ouvi-las, e perceber que seu juramento está colocando-as em risco, exercer a autoridade para livrá-las do juramento.

Este aspecto possui muitas aplicações práticas, mas em suma, o que a Torá está dizendo é que o homem deve usar de sua autoridade para cuidar de sua mulher, dando a ela atenção, carinho, aceitação e orientação. Seja a esposa, seja a filha, a mulher necessita da figura do homem que exerça autoridade sobre elas com o respeito devido e a orientação necessária.

Como nossas famílias seriam diferentes se as mulheres entendessem que foram feitas para serem submissas, e os homens entendessem a responsabilidade que há sobre eles. Mas somente atentos à Torá do Eterno, e com o coração aberto ao Espírito Santo, é que teremos a sabedoria necessária para viver nesta terra com justiça, refletindo a glória de Yeshua.

Que o Eterno nos abençoe!
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