Rosh HaShaná: Memorial de nossa esperança.

Estamos nos aproximando da festa de Rosh HaShaná. É o inicio do ano cívico judaico.

Na cultura judaica existem dois calendários. Há o calendário litúrgico, que começa no mês de Aviv com a celebração da festa de Pessach, e vai até o mês de Adar. E o calendário cívico, que começa em Tishrei e vai até Elul.

Enquanto o calendário litúrgico é o calendário das festas que o Eterno deu a Israel, o calendário cívico remonta à criação. Segundo este calendário, no próximo dia 29 de Setembro de 2019, ao pôr do sol, nós entraremos no ano de 5.780 desde a criação do homem.

Mas este dia também coincide com a festa bíblica de Yom Terua. O dia 01 de Tishrei é o inicio do ano cívico, e ao mesmo tempo o início do sétimo mês do calendário litúrgico. E como mandamento, neste dia é tocado o shofar nas cidades de Israel

"Semelhantemente, tereis santa convocação no sétimo mês, no primeiro dia do mês; nenhum trabalho servil fareis; será para vós dia de sonido de trombetas." Números 29:1.

O toque do shofar é historicamente usado como um chamamento, um alerta. O shofar era tocado em situações específicas: ao chamar os líderes do arraial, ao preparar os soldados para a guerra, ao anunciar à cidade a chegada da comitiva do rei.

Apóstolo Paulo vai fazer um midrash, e dará um significado mais profundo ao toque do shofar:

"Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." 1 Coríntios 15:52.

Apóstolo Paulo liga o toque do shofar ao evento mais aguardado por todos os discípulos de Yeshua: a ressurreição dos mortos e a restauração de todas as coisas.

Rosh HaShaná, por ser o aniversário da criação, e o dia do shofar, é também o dia que devemos relembrar, e manter viva em nossa mente, a maior esperança que temos no Messias. A ressurreição dos mortos é a esperança de que a morte, o pecado, a corrupção serão definitivamente extirpados de nossa natureza.

Aqueles que tiverem morrido no Messias tornarão à vida, e nós, os que estivermos vivos, seremos transformados para um novo corpo, uma nova natureza, onde não haverá mais pecado, nem dor, nem choro, nem morte.

O retorno do Messias é chamado nas Escrituras de o Grande e Terrível dia do Senhor. Será o dia em que o Reino será definitivamente estabelecido. Será o dia de grande vitória para os remidos de Deus, e um dia de grande juízo e decepção para aqueles que se constituem inimigos de Deus.

Rosh HaShaná abre uma seqüência de três festas, as três nos falam sobe isso:

Yom Terua - Dia do toque do shofar.
Yom Kippur - Dia de expiação.
Sucot - 8 dias de festa em que Israel habita em tendas.

Em Yom Terua somos lembrados que Yeshua retornará com grande alarido de trombetas, conforme Mateus 24:31. Em Yom Kippur somos lembrados que no retorno de Yeshua nossos pecados e iniqüidades serão definitivamente expiados, conforme profecia de Daniel 9:24. Em Sucot somos lembrados que, assim como o Eterno andou com Israel durante o deserto, assim Yeshua habitará para sempre conosco, conforme encontramos em apocalipse:

“E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.” Apocalipse 21:3.

São mensagens fortes, animadoras, que fortalecem nossa fé e nossa esperança em mantermos fiéis à Deus.

Neste momento estamos passando por lutas. Lutamos contra nossa carne, lutamos contra o sistema deste mundo, lutamos contra o reino espiritual das trevas. Mas em breve, este momento de lutas e incertezas dará lugar a uma perene satisfação por ter lutado o bom combate, guardado a fé, e manter firmes no propósito do Eterno.

Que o Eterno nos abençoe!
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