Graça e juízo.

"E o Senhor sentiu o suave cheiro, e o Senhor disse em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice, nem tornarei mais a ferir todo o vivente, como fiz. Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão." Gênesis 8:21,22.
Porção Noach (Noé) - Gênesis 6:9 a 11:32.
A história de Noé nos fala a respeito do Juízo do Eterno sobre toda a terra. Deus criou o homem, e após a queda, muito rapidamente a humanidade se corrompeu, a ponto de encher a terra de violência.
Desde a criação de Adão, até o dilúvio com Noé, passaram-se mais de dois mil anos. Neste tempo a humanidade cresceu, desenvolveu, mas a corrupção tomou conta de toda a terra, e chegamos em Noé uma geração violenta, promíscua, descrente em Deus.
O juízo do Eterno sobre a terra era eminente. O Eterno mesmo disse:
"E disse o Senhor: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito." Gênesis 6:7.
Mas, diante do juízo iminente do Eterno, Noé achou graça aos olhos do Eterno. Diz a Torá que Noé era um homem justo em sua geração:
"Estas são as gerações de Noé. Noé era homem justo e perfeito em suas gerações; Noé andava com Deus." Gênesis 6:9.
A Torá nos ensina uma valiosa lição nesta porção. Mesmo em meio ao Juízo do Eterno, a sua Graça será sempre manifestada aos justos.
Yeshua (Jesus) reporta a este ensino quando diz a seus discípulos:
"Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." João 16:33.
Estamos vivendo dias muito parecidos com aqueles de Noé, onde a humanidade tem caminhado a passos largos em direção à corrupção e à violência.
Em nosso país são cerca de sessenta mil assassinatos todos os anos, fora os casos de estupros, e outros tipos de violência sexual. Milhares de abortos clandestinos, filhos que não se sujeitam aos pais, pais que abusam dos filhos.
Todo esse comportamento que temos visto à nossa volta é digno de juízo da parte de Deus. Mas, assim como nos dias de Noé, o Eterno continua buscando pessoas que praticam a justiça, para neles manifestarem a sua Graça.
E por mais que venhamos a sofrer com os juízos do Eterno, o propósito é sempre conduzir o homem ao arrependimento, para dar fim ao pecar, e para produzir Salvação, como vemos no versículo destacado no início deste artigo.
O juízo do Eterno no dilúvio produziu Salvação em Noé e em sua família, de forma que o Eterno prometeu que nunca mais destruiria a terra com as águas do dilúvio, e que sempre haveriam “sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite”.
Nos profetas, e no livro do Apocalipse, o Eterno novamente anuncia juízos sobre a impiedade do homem. O que o Eterno espera de nós é que voltemos para Ele. Que abandonemos nossas práticas erradas, e nos sujeitemos à sua vontade, praticando a justiça. A estes, o Eterno manifestará a sua Salvação.
Que o Eterno nos abençoe.
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