Estamos nos aproximando da festa de Chanucá (ou Hanukkah),também conhecida como festa da dedicação, ou, festa das luzes, que neste ano iniciará no pôr do sol de 22 de dezembro de 2019 e vai até o dia 30 de dezembro de 2019. Esta não é uma festa bíblica, ou seja, não é uma festa ordenada na Torá. A única referência a esta festa que temos na bíblia está no evangelho de João capítulo10.
“E em Jerusalém havia a festa da dedicação, e era inverno.” João 10:22.
Mas, não é por não ser uma ordenança bíblica que esta festa é sem importância, principalmente para nós que cremos em Yeshua. Pelo contrário. Para nós, discípulos de Yeshua, esta festa ganha contornos especiais.
A festa de Chanucá relembra os acontecimentos de 25 de Kislev do ano de 3.731 do calendário judaico, correspondente ao ano de 165 a.C. do nosso calendário. Ali aconteceram dois milagres muito importantes, primeiro que um exército de sacerdotes, com armas rudimentares e sem treinamento militar, venceu o exército mais poderoso e temido de sua época, o exército selêucida de Antíoco Epifânio.
O segundo milagre que aconteceu naqueles dias aconteceu após a libertação de Jerusalém, quando os sacerdotes foram purificar e reconsagrar o Templo. Havia óleo sagrado para manter a Menorah acessa por apenas um dia, e o processo de fabricação de novo óleo demoraria oito dias. O Eterno multiplicou o óleo de azeite que abastecia as chamas da Menorah pelo tempo necessário para a produção do novo óleo.
É por causa destes dois milagres que a festa de Chanucá hora é chamada de festa da dedicação, em referência à reconsagração do Templo de Jerusalém, hora chamada de festa das luzes, em referência ao milagre do óleo que manteve as luzes da Menorah acessas.
Yeshua estava em Jerusalém nos dias desta festa, certamente celebrando a festa como um bom judeu, e, neste dia, foi indagado por outros judeus religiosos acerca de si mesmo, se era ele o Messias.
“Rodearam-no, pois, os judeus, e disseram-lhe: Até quando terás a nossa alma suspensa? Se tu és o Cristo, dize-no-lo abertamente.” João 10:24.
A resposta de Yeshua é surpreendente, ele afirma claramente ser ele o Messias, e diz que as obras que fazia testificavam disto. Depois ele explica o porquê daqueles judeus religiosos não conseguirem entender isto, mesmo vendo as obras que ele fazia.
“Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo tenho dito, e não o credes. As obras que eu faço, em nome de meu Pai, essas testificam de mim. Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito. As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um.” João 10:25-30.
Chanucá celebra o milagre de Deus em favor de seu povo, protegendo a nação de Israel, purificando a cidade de Jerusalém da idolatria dos helenistas, e mantendo a chama da Menorah acessa, que representa o Espírito de Deus iluminando seu povo.
Em Chanucá somos instados a ter o mesmo espírito daqueles sacerdotes que não se contaminaram com o pecado das nações, não se ludibriaram com os helenistas que queriam uma sociedade mais racional e menos religiosa, que seguiam a mesma filosofia do mundo, e que valorizavam o homem acima de tudo.
Aqueles sacerdotes lutaram contra o helenismo para manterem sua identidade de povo de Deus e nação santa. Eles lutaram para não abdicar da Torá, nem da fé no único Deus. E é esta a nossa luta todos os dias.
Nossa sociedade continua a querer impor sobre nós valores humanistas, que relativizam os valores de nossa fé, que menosprezam a importância das Leis de Deus, que desprezam a piedade e a santidade. Nosso mundo helenista de hoje continua a lutar contra nossa fé assim como os selêucidas lutaram contra a fé de Israel. Como discípulos de Yeshua, nós não estamos diferentes dos sacerdotes que lutaram contra o império de Antíoco Epfânio.
As palavras de Yeshua ditas nos dias desta festa são um alento a nós. Assim como o Eterno abençoou seu povo, e deu a eles a vitória através de milagres, Yeshua garante: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai”.
Mas, e aqueles judeus que interpelaram Yeshua, porque eles não conseguiam vê-lo como o Messias, mesmo diante de tantos sinais? Yeshua responde isto em outra passagem muito importante, onde encontramos as seguintes palavras:
“Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” João 3:18-21.
A liderança judaica de Jerusalém nos dias de Yeshua estava muito diferente daquela que fora abençoada por Deus no ano de 165 a.C. O sacerdócio não estava mais nas mãos dos descendentes de Arão, como ordenado na Torá, havia um sectarismo muito grande, uma extrema religiosidade que se baseava em hipocrisia, como Yeshua mesmo já havia denunciado em outras passagens. Por amarem as suas obras más, eles não podiam aproximar-se da luz do Messias.
Este deve ser um alerta para nós hoje. Não podemos fazer de nossa vida religiosa uma celeuma, vivendo em discussões sem sentido, julgando outros que não tenham a mesma compreensão ou opinião. Não podemos nos valorizar pela nossa aparência religiosa, nem desvalorizar outros pelo mesmo motivo.
Como discípulos de Yeshua devemos ouvir a voz de Yeshua, e praticar seus ensinos. As ovelhas de Yeshua são aquelas que ouvem a sua voz. Ele é a luz que veio ao mundo. Se amarmos a luz, encontraremos nela vida. Yeshua é quem nos guarda em meio a este mundo caído, é quem perdoa nossos pecados, e quem escreve a Torá de Deus em nossos corações e mentes. Somente se ouvirmos a voz de Yeshua e o seguirmos, seremos suas ovelhas, e ele nos livrará com grandes milagres, assim como foi nos dias de Chanucá.
Que o Eterno nos abençoe!
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“E em Jerusalém havia a festa da dedicação, e era inverno.” João 10:22.
Mas, não é por não ser uma ordenança bíblica que esta festa é sem importância, principalmente para nós que cremos em Yeshua. Pelo contrário. Para nós, discípulos de Yeshua, esta festa ganha contornos especiais.
A festa de Chanucá relembra os acontecimentos de 25 de Kislev do ano de 3.731 do calendário judaico, correspondente ao ano de 165 a.C. do nosso calendário. Ali aconteceram dois milagres muito importantes, primeiro que um exército de sacerdotes, com armas rudimentares e sem treinamento militar, venceu o exército mais poderoso e temido de sua época, o exército selêucida de Antíoco Epifânio.
O segundo milagre que aconteceu naqueles dias aconteceu após a libertação de Jerusalém, quando os sacerdotes foram purificar e reconsagrar o Templo. Havia óleo sagrado para manter a Menorah acessa por apenas um dia, e o processo de fabricação de novo óleo demoraria oito dias. O Eterno multiplicou o óleo de azeite que abastecia as chamas da Menorah pelo tempo necessário para a produção do novo óleo.
É por causa destes dois milagres que a festa de Chanucá hora é chamada de festa da dedicação, em referência à reconsagração do Templo de Jerusalém, hora chamada de festa das luzes, em referência ao milagre do óleo que manteve as luzes da Menorah acessas.
Yeshua estava em Jerusalém nos dias desta festa, certamente celebrando a festa como um bom judeu, e, neste dia, foi indagado por outros judeus religiosos acerca de si mesmo, se era ele o Messias.
“Rodearam-no, pois, os judeus, e disseram-lhe: Até quando terás a nossa alma suspensa? Se tu és o Cristo, dize-no-lo abertamente.” João 10:24.
A resposta de Yeshua é surpreendente, ele afirma claramente ser ele o Messias, e diz que as obras que fazia testificavam disto. Depois ele explica o porquê daqueles judeus religiosos não conseguirem entender isto, mesmo vendo as obras que ele fazia.
“Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo tenho dito, e não o credes. As obras que eu faço, em nome de meu Pai, essas testificam de mim. Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito. As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um.” João 10:25-30.
Chanucá celebra o milagre de Deus em favor de seu povo, protegendo a nação de Israel, purificando a cidade de Jerusalém da idolatria dos helenistas, e mantendo a chama da Menorah acessa, que representa o Espírito de Deus iluminando seu povo.
Em Chanucá somos instados a ter o mesmo espírito daqueles sacerdotes que não se contaminaram com o pecado das nações, não se ludibriaram com os helenistas que queriam uma sociedade mais racional e menos religiosa, que seguiam a mesma filosofia do mundo, e que valorizavam o homem acima de tudo.
Aqueles sacerdotes lutaram contra o helenismo para manterem sua identidade de povo de Deus e nação santa. Eles lutaram para não abdicar da Torá, nem da fé no único Deus. E é esta a nossa luta todos os dias.
Nossa sociedade continua a querer impor sobre nós valores humanistas, que relativizam os valores de nossa fé, que menosprezam a importância das Leis de Deus, que desprezam a piedade e a santidade. Nosso mundo helenista de hoje continua a lutar contra nossa fé assim como os selêucidas lutaram contra a fé de Israel. Como discípulos de Yeshua, nós não estamos diferentes dos sacerdotes que lutaram contra o império de Antíoco Epfânio.
As palavras de Yeshua ditas nos dias desta festa são um alento a nós. Assim como o Eterno abençoou seu povo, e deu a eles a vitória através de milagres, Yeshua garante: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai”.
Mas, e aqueles judeus que interpelaram Yeshua, porque eles não conseguiam vê-lo como o Messias, mesmo diante de tantos sinais? Yeshua responde isto em outra passagem muito importante, onde encontramos as seguintes palavras:
“Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” João 3:18-21.
A liderança judaica de Jerusalém nos dias de Yeshua estava muito diferente daquela que fora abençoada por Deus no ano de 165 a.C. O sacerdócio não estava mais nas mãos dos descendentes de Arão, como ordenado na Torá, havia um sectarismo muito grande, uma extrema religiosidade que se baseava em hipocrisia, como Yeshua mesmo já havia denunciado em outras passagens. Por amarem as suas obras más, eles não podiam aproximar-se da luz do Messias.
Este deve ser um alerta para nós hoje. Não podemos fazer de nossa vida religiosa uma celeuma, vivendo em discussões sem sentido, julgando outros que não tenham a mesma compreensão ou opinião. Não podemos nos valorizar pela nossa aparência religiosa, nem desvalorizar outros pelo mesmo motivo.
Como discípulos de Yeshua devemos ouvir a voz de Yeshua, e praticar seus ensinos. As ovelhas de Yeshua são aquelas que ouvem a sua voz. Ele é a luz que veio ao mundo. Se amarmos a luz, encontraremos nela vida. Yeshua é quem nos guarda em meio a este mundo caído, é quem perdoa nossos pecados, e quem escreve a Torá de Deus em nossos corações e mentes. Somente se ouvirmos a voz de Yeshua e o seguirmos, seremos suas ovelhas, e ele nos livrará com grandes milagres, assim como foi nos dias de Chanucá.
Que o Eterno nos abençoe!
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