Sucot e a esperança de nossa fé.

O mês de Tishrei é um mês bastante festivo no calendário bíblico. Começa no primeiro dia do mês com o Rosh HaShaná, ou Yom Terua, com o toque do Shofar e o anúncio de que o Rei está chegando. É também conhecida como a festa de coroação do REI, e o chamado ao arrependimento. De tão especial que é este dia, passou a ser também contagem do ano novo judaico. Esta festa abre os Yamim Noraim, ou os dias Temíveis, em preparação para a festa de Yom Kippur.

Aos dez dias do mês de Tishrei, que neste ano caiu na última segunda feira dia 28 de setembro de 2.020, celebra-se o Yom Kippur, que é uma das mais importante datas do calendário judaico até hoje. É um dia de jejum, arrependimento, e muitas orações.

Cinco dias depois temos Sucot, que neste ano, no nosso calendário, começa ao pôr do sol desta sexta feira dia 02 de outubro de 2.020, e vai até o pôr do sol do dia 09 de outubro.

Esta festa foi ordenada na Torá para ser celebrada de uma forma bastante peculiar:

“Porém aos quinze dias do mês sétimo, quando tiverdes recolhido do fruto da terra, celebrareis a festa do SENHOR por sete dias; no primeiro dia haverá descanso, e no oitavo dia haverá descanso. E no primeiro dia tomareis para vós ramos de formosas árvores, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas, e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o SENHOR vosso Deus por sete dias. E celebrareis esta festa ao SENHOR por sete dias cada ano; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações; no mês sétimo a celebrareis. Sete dias habitareis em tendas; todos os naturais em Israel habitarão em tendas; para que saibam as vossas gerações que eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o SENHOR vosso Deus.” Levítico 23:39-43.

O mandamento divino era para que, durante os sete dias da festa de Sucot, o povo de Israel habitassem em Sucá. A sucá é uma tenta muito simples, muito frágil, e está representada na imagem deste artigo.

Habitar por sete dias em tendas como essas, após os dias de Yom Terua e Yom Kippur, levaria Israel a refletir sobre muitas coisas. Primeiro que a sucá representa a nossa vida terrena. Assim como a sucá nós somos frágeis, qualquer vento é capaz de balançar a nossa vida. 

Além disso, a sucá não é uma habitação perene, mas muito transitória, e isso nos reporta à realidade de que somos peregrinos e estrangeiros nesta terra, aguardando a morada definitiva, preparada para nós pelo Eterno.

Também, a Sucá nos faz refletir sobre a peregrinação do povo de Israel pelo deserto em busca à terra prometida. O deserto foi um momento único na vida de Israel, onde Israel comia e bebia milagres todos os dias, onde Israel era guiado pela nuvem de glória que estava sobre o Tabernáculo. É no momento de maior fragilidade que podemos experimentar uma maior aproximação ao Eterno.

Por fim, Sucot também nos remete ao casamento do Messias com sua noiva, a Igreja. Veja, em Yom Terua temos a vinda do Rei, em Yom Kippur temos o juízo do Rei sobre seus inimigos, e a remissão, expiação daqueles que amam ao Rei, e Sucot é o casamento do Rei com seu povo. 

A festa de Sucot aponta para o fim reservado para os remidos, estarmos para sempre unidos ao nosso Senhor. 

Na verdade, quando João escreve no seu evangelho que “o verbo se fez carne e habitou entre nós”, a expressão grega para “habitou” pode ser melhor traduzida por “tabernaculou”. O que evoca o sentido da Sucá como sendo um tipo de nossa vida na carne, frágil e passageira. 

Yeshua se fez homem como qualquer um de nós, com as mesmas limitações físicas, tendo inclusive que lutar contra o pecado, afinal Ele “em tudo foi tentado, porém sem pecado”. Uma vez que foi feito em carne, experimentou a nossa morte, pagando o preço dos nossos pecados, e ressurgiu, glorificando seu corpo, passando a ter um corpo ressurreto. 

Quando Ele voltar trará consigo a ressurreição para todos os que nele esperam, e, todos os que morreram na esperança do Messias ressuscitará, e os que estiverem vivos serão transformados. E para sempre habitaremos com Yeshua.

A festa de Sucot nos remete a aspectos muito importantes de nossa fé, e por isso também é conhecida como a festa das nações. 

Nos dias do Templo, durante esta festa eram realizados sacrifícios para a remissão das nações. E os profetas atestam que no Reino do Messias, todas as nações virão a Jerusalém celebrar esta festa:

“E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos.” Zacarias 14:16.

Portanto, procure conhecer mais sobre esta festa, e celebre estes dias com sua família, renovando sua fé no Messias de Israel Yeshua.

Hag Sucot Sameach! Feliz festa de Sucot!
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