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Mostrando postagens de abril, 2020

A Lei da Liberdade!

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“Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto, aquele que disse: Não adulterarás também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da lei. Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade. Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo.” Tiago 2:10-13. O assunto que apóstolo Tiago inicia no capítulo 2 de sua carta, e culmina na conclusão exposta acima, nos versos 10 a 13, é a acepção de pessoas. Ele repreende as comunidades que dão lugares privilegiados aos ricos, e ignoram os pobres. Qualquer semelhança com algumas comunidades da atualidade não é mera coincidência. Essas palavras estão sendo dirigidas às lideranças das comunidades messiânicas, e que, ainda em nossos dias, são tentados a viverem em religiosidade, aparência e legalismo. E é muito importante atentarmos...

A água e o sangue

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O evangelho de João é o único que nos traz uma informação importante a respeito da crucificação de Yeshua. João relata que viu o que aconteceu quando o soldado romano transpassou Yeshua com uma lança: de seu lado saiu água e sangue: “Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. E aquele que o viu testificou, e o seu testemunho é verdadeiro; e sabe que é verdade o que diz, para que também vós o creiais.” João 19:34-35. Talvez a sua proximidade a Yeshua neste momento (ele estava aos pés da cruz juntamente com Maria) permitiu que ele fosse a única testemunha ocular do fato dentre os discípulos de Yeshua. A relevância desde fato pode ser percebida pela parashá que estudamos esta semana (Tazria/Metzorah: Levítico 12:1-15:33). A parashá desta semana nos fala sobre os diversos tipos de situações em que alguém seria considerado imundo, ou impuro. A situação de impureza é uma situação peculiar que pode ser vista sob dois aspectos distintos. O primeiro aspec...

Semear na carne ou no Espírito

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Infelizmente, muitos lêem a carta aos Gálatas sem a devida contextualização, o que leva a conclusões muito diferentes daquelas que o apóstolo realmente estava expressando aos irmãos da galácia. O tema central da carta aos Gálatas é o legalismo. E, definir corretamente o que é legalismo é o primeiro passo para compreender esta carta. O legalismo consiste na aplicação da lei pela lei. Toda a lei (inclusive as divinas) servem a um propósito. Desconsiderar o propósito da lei e aplicar a lei pela lei é o que leva ao legalismo. No âmbito da fé, o legalismo apresenta algumas características peculiares. Para requerer maior santidade, o legalista não se contenta com as leis expostas no texto divino. Usando de paralelismos, simbolismos e interpretações diversas, o legalista sempre irá criar regras, normas e procedimentos além do que é estabelecido na Torá. Outra característica é que o legalista demonstrará grande entusiasmo em impor suas regras a outros, mas não terá tanto entusiasmo em aplicar ...

Yeshua violava o Shabat?

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“Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.” João 5:18. O texto acima é utilizado para defender a tese de que Yeshua não guardava o Shabat, e que, por esse motivo, deveríamos entender que as leis acerca do Shabat foram anuladas pelo Messias, sendo que não precisamos considerar essas leis como algo relevante para nós. Afinal, será que essa tese encontra amparo em outras passagens dos evangelhos? Será que este verso de João aponta exatamente para essa ideia de anulação do Shabat? Primeiro ponto que precisamos ter em mente é que a guarda do Shabat como sendo o sétimo dia da semana é prescrita reinteradas vezes na Torá e nos profetas. Em cima destes mandamentos os judeus desenvolveram regras que visavam orientar a população sobre como guardar o Shabat. Por exemplo, a Torá ordena não trabalhar no dia de Shabat:  “Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o ...

Quando a fé é fraca.

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Estamos às portas da festa de Pessach. Enquanto escrevo este artigo, estamos já preparando para esta festa maravilhosa. Tudo em Pessach é realmente significativo. Desde o retirar o hametz de nossas casas, à preparação do sêder, os elementos, tudo nos faz lembrar da grande redenção que o Eterno proporcionou a nós, começando pela libertação do povo de Israel do Egito, até o supremo sacrifício de nosso Senhor Yeshua. Tudo faz parte de um grande plano de redenção que o Eterno preparou para resgatar seu povo da aflição do pecado e da morte, e nos conduzir à vida eterna com Ele. Mas, ao observar o texto magno da festa de Pessach, uma triste realidade surge. O Eterno enviou Moisés ao povo de Israel no Egito para dar-lhes uma boa notícia. Sim, antes de libertar Israel, Moisés foi enviado para anunciar o evangelho. Este é o significado primeiro da palavra “evangelho”, é a boa notícia do Eterno a nós. Moisés recebeu este evangelho que deveria anunciar aos filhos de Israel: “Portanto, dize aos fi...

Holocausto, expiação e culpa

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A parashá desta semana (Tsav – Levíticos 6:8-8:36) trata de três tipos de sacrifícios a serem realizados no Tabernáculo. O holocausto, a oferta pelo pecado e a oferta pela culpa. É muito interessante estudar estes três temas no shabat que antecede a Pessach. O holocausto é a primeira oferta a ser realizada no dia. Era uma oferta especialmente sagrada, pois, todas as demais ofertas seriam oferecidas sobre as cinzas do holocausto. O holocausto que santificava as demais ofertas. O nome “holocausto” significa “o que sobe” e tem o sentido de elevar o ofertante, aproximando-o a Deus. O sacrifício pelo pecado é a expiação, ou seja, a substituição do pecador por um animal que morria em seu lugar. Parte desta oferta era para alimento do sacerdote que a oferecia, e outra parte queimada fora do arraial. O sacrifício pela culpa está relacionado não ao pecado em si, mas à responsabilidade pelo erro. A cula judaica é um tema muito interessante, pois trata da responsabilidade que cada judeu tem para ...

O discurso de Pedro em Shavuot

Atos 2:37-39 encontramos o primeiro discurso de Pedro após a ressurreição de Yeshua. Esta pregação aconteceu em meio a eventos que não podem ser desprezados. Primeiro, estava acontecendo em Jerusalém a festa de Shavuot, a segunda festa de peregrinação, onde judeus do mundo todo estavam reunidos em Jerusalém. Esta festa acontece ao final da colheita de cereais, e tem uma ligação muito forte com a Torá, visto que foi neste tempo que ocorreram os eventos de Êxodo 19-21. Outro ponto importante são os eventos relacionados a Yeshua. Há apenas 50 dias Yeshua havia sido crucificado diante de toda Jerusalém. Sua crucificação aconteceu em meio a manifestações sobrenaturais que nos são relatados nos evangelhos. O sol escureceu, a terra tremeu, o véu do Templo rasgou-se de alto a baixo, alguns santos ressurgiram e, após a ressurreição de Yeshua, entraram na cidade de Jerusalém, e foram vistos por muitos. Leia Mateus 27:50-56. Por fim, haviam relatos espaçados de aproximadamente quinhentas testemun...