A morte é
algo natural a todos os homens. Todos nós sabemos que um dia, mais cedo ou mais
tarde, morreremos. E mesmo sabendo que é algo inevitável, a morte nos traz uma
sensação de temor e receio.
Na verdade
nós não fomos feitos para morrer, tanto que a morte ainda é uma situação da
qual o homem não consegue conviver bem. A dor da perda de um ente querido, ou a
dor causada por uma enfermidade incurável, a notícia de que a morte se aproxima,
é perturbador para qualquer ser humano.
Mas quando
falamos de morte, a imensa maioria das pessoas tem convicção que ela é apenas o
fim desta vida terrena, que de fato a vida não termina ali, mas encerra-se um
momento. E para a maioria das pessoas, independente da religião que professe, o
momento da morte é também um momento de ajuste de contas, onde o homem
encontra-se com Deus, e deve-lhe dar conta de seus atos nesta vida.
A bíblia confirma
esta ideia quando diz:
“E, como aos homens está ordenado morrerem
uma vez, vindo depois disso o juízo,” Hebreus 9:27
E talvez aí esteja o maior motivo
pelo qual a morte nos assombra tanto, o medo de após a morte, ser lançado em um
“inferno”.
A ideia de um “inferno” também é
compartilhada pela imensa maioria das pessoas, e são uma constante em
praticamente todas as religiões. Todos são unanimes em dizer que após a morte,
aqueles que não foram justos em vida, serão retribuídos com males e sofrimentos,
na maioria das vezes, eterno.
Mesmo as religiões de origem brahmanista
(aquelas que acreditam em reencarnação após a morte, portanto não há um inferno
espiritual) apresentam sua ideia de inferno através do Karma, ou seja, os males
produzidos por alguém em uma vida, retornará inevitavelmente em dores ou
sofrimentos em uma próxima vida.
Mas existe uma acusação feita
pelos céticos de que as religiões usam deste medo comum da morte, e do juízo
vindo após ela, para exercer domínio sobre as pessoas. E de fato isso tem muito
sentido quando olhamos para as religiões a nossa volta. Sua grande maioria usa
do sentimento de medo para impor às pessoas suas vontades.
Certa vez, alguém discutindo
sobre essa questão, disse não seguir nenhuma religião, principalmente o
cristianismo, porque ela não achava correto alguém seguir uma religião por medo
de Deus, e que segundo ela, ninguém deveria ter medo de Deus. O que segue
abaixo foi uma resposta a esta observação, mostrando as verdades que a bíblia
traz sobre essa questão, e as verdadeiras razões pelas quais alguém deve se
proclamar um cristão:
“Você está correta quando diz que não devemos ir a Deus por medo, nem
obedecer a Deus por medo do inferno. Jesus disse que aquele que o ama obedece a
seus mandamentos, então a obediência e devoção a Ele deve ser fruto de amor e
não de medo. Aliás, o medo não vem de Deus.
Mas o medo que naturalmente sentimos não tem
origem nas religiões ou em Deus (apesar de haver muitas religiões que usam
deste medo para dominar pessoas). O medo que sentimos da morte e do inferno é
consequência de nosso senso de justiça.
A bíblia ensina que fomos criados por Deus à
sua imagem e semelhança. Não que Deus tenha uma forma humana, mas que na
criação, Deus imprimiu no homem, características que veem dEle. Assim nós temos
o senso de justiça, sabemos reconhecer o que é justo, bom e de boa fama, e
somos capazes de desejar isso. Somos capazes de amar, perdoar, ter misericórdia
e reconhecer e recompensar o que é justo. Isso não veio de nós mesmos, mas são
características do caráter de Deus que está impresso em nós desde a criação.
Mas como você mesma disse, todos nós
erramos, cometemos pecados, somos desobedientes, vingativos, rancorosos, e por
vezes fazemos mal a outros. Isso não veio de Deus, mas é fruto do pecado que
passou a habitar o coração do homem após a desobediência de Adão e Eva.
O pecado de Adão e Eva não foi simplesmente
comer um fruto, mas desejar através daquele fruto ter a sua própria noção de
Bem e Mal. Ou seja, eles queriam definir por eles mesmos o que seria certo ou
errado, não estando mais sujeitos ao que Deus determinava como certo e errado.
Infelizmente essa mesma vontade atinge a nós
todos. Quantas vezes você já não disse que “em seu nariz manda você”, ou
quantas vezes você já descumpriu algum mandamento do Senhor por simplesmente
não concordar com ele, ou não acreditar que esse mandamento tivesse realmente
algum valor? Todos nós já desejamos algum dia andar pela nossa própria
consciência e não pelo que Deus ordena.
Mas essa desobediência significa desprezar à
Deus! Desprezamos os mandamentos (que são a vontade de Deus para o homem) para
satisfazer a NOSSA vontade, e por isso pecamos.
No entanto Deus é a VIDA, a PAZ, o AMOR. Se
desprezarmos a Vida o que nos resta senão a Morte? Se desprezarmos a Paz o que
nos resta senão o Tormento? Se desprezarmos o Amor o que nos resta senão o
Ódio?
Então naturamente temos sim muitos motivos
para estremecer de medo diante da morte, não por causa de Deus, mas por causa
dos nossos pecados!
Mas Deus nos amou e não permitiu que
vivêssemos sem esperança. Jesus Cristo, o Filho de Deus, de mesma substância de
Deus e sendo também Deus como o Pai, humilhou-se a si mesmo, se fez como um de
nós. E estando em nossa forma viveu de maneira justa e piedosa. Sendo Ele o
único Homem Justo, e o Deus Santo, se sujeitou a receber em seu corpo a morte,
a mesma morte que estava destinada a nós pecadores e rebeldes. Ele morreu a
nossa morte para que pelo seu sacrifício a Justiça fosse feita: o Homem pagou
pelos pecados da humanidade!
Mas Jesus não apenas morreu em nosso lugar,
Ele também ressuscitou dentre os mortos, provando que Ele é quem disse ser: O
Filho de Deus. E por sua ressurreição sabemos que a Justiça foi plenamente
satisfeita, e não temos mais que temer o inferno.
Agora Cristo nos chama ao arrependimento de
nossas maldades e inclinações carnais, ao arrependimento de nossa rebeldia, e
nos convida agora a sujeitarmos novamente a Deus em obediência, não por medo,
mas pelo Amor que Ele teve para conosco!
O Deus que desde a Eternidade é Pleno e não tem
necessidade alguma de míseras criaturas como nós, se fez como um de nós, para que
por Ele, nos tornemos filhos de Deus! Como não amar esse Deus? Como não
sujeitar-se a Ele em obediência? Como continuar desprezando aquele que nos
resgatou de nossas culpas?
Por isso, se você se arrepender de seus
pecados, e se render a Cristo como Senhor e Salvador de sua vida, você não terá
nenhum medo de enfrentar a morte, porque Ele que ressuscitou dentre os mortos,
prometeu que também nos ressuscitará no dia final, e nEle teremos eternamente
Vida e Vida em Abundância.
Mas aqueles que persistirem em desprezar o
Deus de Amor, não lhes restará esperança, apenas a expectativa da condenação
eterna, o inferno.
Às vezes alguns perguntam por que o inferno
é eterno se nossos pecados são terrenos e temporários? Se nós pecamos em uma
esfera temporal, porque seremos castigados em uma esfera eterna?
Só que em última instância, o que levará os
homens ao inferno não será meramente os pecados, mas o desprezo ao Amor de
Deus. Como está escrito:
“E a condenação é esta: Que a luz veio ao
mundo, e os homens amaram mais as
trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.” João 3:19
Cristo pagou o preço de nossos pecados, dos
pecados de todos os homens em todas as eras, portanto não há problema para Deus
em perdoar qualquer pecado, o problema é a persistência do homem em desprezar a
Deus. Se nessa vida o homem despreza o amor de Deus, como mudaria seu coração
depois de entrar na eternidade? O inferno é eterno porque este pecado também
perpetuará pela eternidade.
Por isso, se hoje você tem a oportunidade de
ouvir a Palavra de Deus, arrependa-se de seus pecados, de suas inclinações
carnais, e renda-se em obediência àquele que te amou mesmo antes de você
nascer, e experimente dEle a VIDA e a PAZ!”
Amém!
ResponderExcluir