"Porém aos
quinze dias do mês sétimo, quando tiverdes recolhido do fruto da terra,
celebrareis a festa do Senhor por sete dias; no primeiro dia haverá descanso, e
no oitavo dia haverá descanso." Levítico 23:39
As festas de
outono em Israel são festas muito interessantes, e que apontam para os tempos
do fim.
Começa-se com
Yom Teruá (dia da trombeta) no primeiro dia do sétimo mês, depois no décimo dia
celebra-se Yom Kippur (dia expiação ou perdão), e no décimo quinto dia
inicia-se a festa de Sucot (tendas).
Em Yom Teruá
somos alertados para a vinda do Rei, através do som do Shofar. Em Yom Kippur o
arrependimento e a expiação final prometida em Daniel 9:24, onde encontramos:
"Setenta
semanas estão decretadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para fazer
CESSAR A TRANSGRESSÃO, para dar FIM AOS PECADOS, e para EXPIAR A INIQUIDADE, e
trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o
santíssimo".
É importante
afirmarmos que a expiação de nossos pecados foi proporcionada a nós há quase dois
mil anos atrás, através do sacrifício de Jesus na cruz.
Mas o que
está prometido em Daniel não é o sacrifício expiatório, mas sim o fim do pecar.
Apesar de
crermos em Jesus, e sermos cheios de seu Espírito, ainda vivemos presos a uma
natureza pecaminosa. E por mais que desejamos não pecar, o pecado está sempre
visível em nossos membros.
Mas quando
Jesus voltar, e operar em nós a ressurreição, então nós teremos uma nova
natureza, não mais sujeita ao pecado, e enfim viveremos de maneira plenamente
santa para o nosso Deus.
É para este
dia que Yom Kippur aponta.
Mas depois de
Yom Kippur entramos na última, das três festas do sétimo mês, a festa de Sucot.
"quando
tiverdes recolhido do fruto da terra, celebrareis a festa do Senhor por sete
dias"
Vemos nas palavras
de Jesus um bom indicativo para entendermos um dos significados desta festa:
"Ora, depois
de muito tempo veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles. Então
chegando o que recebera cinco talentos, apresentou-lhe outros cinco talentos,
dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que
ganhei.
Disse-lhe o seu
senhor: Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito te
colocarei; entra no gozo do teu senhor" Mateus 25:19-21
Desde que
nosso Senhor subiu aos céus, nós temos sido chamados a trabalhar para que o
Reino seja estabelecido. Jesus nos comissionou para sermos sal nesta terra e
luz neste mundo.
Somos
chamados para o árduo trabalho de lutar contra nossas inclinações carnais e
vivermos de maneira a representar o Reino e a sua justiça.
Somos
designados como embaixadores do Reino, e por isso temos sido perseguidos,
ultrajados, humilhados durante toda a história.
Nossa fé tem
sido provada em todo o tempo, através de lutas internas e externas. Mas está
chegando o dia em que o resultado de nosso trabalho será manifestado. Quando
nosso Senhor voltar, Ele nos retribuirá com sua Salvação.
Será o dia em
que os frutos que produzirmos, por sua Graça e pela manifestação de seu
Espírito em nós, será recolhido nos celeiros eternos. E seremos convidados a
festejar com nosso Senhor a Salvação que Ele conquistou para nós.
Enquanto
estava na terra nosso Senhor nos alertou "tome cada um sua cruz e
siga-me". Mas está chegando o dia em que "o choro se converterá em
alegria". A Justiça finalmente triunfará e regozijaremos em sua presença.
Mas mesmo
diante de tão gloriosa expectativa, uma severa advertência nos é apresentada:
"...mas o que
recebera um talento foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro de seu senhor.
(...)
Chegando por fim o
que recebera um talento, disse: Senhor, eu te conhecia, que és um homem duro,
que ceifas onde não semeastes, e recolhes onde não joeirastes; e, atemorizado,
fui esconder na terra o teu talento; eis aqui tens o que é teu.
Ao que lhe
respondeu o seu senhor: Servo mau e preguiçoso, sabias que ceifo onde não
semeei, e recolho onde não joeirei? Devias então entregar meu dinheiro aos
banqueiros e, vindo eu, tê-lo-ia recebido com juros.
Tirai-lhe, pois o
talento e dai ao que tem dez talentos.
(...)
E lançai o servo
inútil nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes." Mateus
25:18;24-28;30.
Com esta
parábola Jesus nos ensina que, aqueles que se acovardarem da luta que nos é
proposta, não terão parte na alegria vindoura, pelo contrário, serão removidos
do Reino.
Todos nós
somos chamados por Cristo para vivermos para o Reino, e essa vida é sim
recheada de abnegações. Furtar-se desse desafio e o passaporte garantido para
fora do Reino Eterno.
Que essas
palavras nos sirva de consolo para perseverarmos na Justiça do Reino, lutando
contra nossa carne e inclinações pecaminosas, servindo à Deus e ao próximo com
devoção, porque a nossa recompensa virá e não tardará.
Que Adonai
nos abençoe, e nos santifique pelos seus mandamentos.
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