Creio que
discussões religiosas são na maioria dos casos inúteis, verdadeira perca de
tempo. Apesar de saber que Jesus ordenou claramente para ir a todo o mundo e
fazer discípulos não creio que o que Jesus estava incitando aos apóstolos era
sair pelo mundo discutindo com pessoas que não estivessem dispostas à
compreender a verdade do evangelho, imagino assim como Paulo fazia, ao chegar
em uma cidade ele ia primeiramente a uma sinagoga, e anunciava inicialmente o
evangelho aos judeus, quando estes se recusavam a ouvir ele direcionava sua
pregação aos gentios, mas nunca perdia seu tempo em discussões que não faziam
sentido. O próprio Paulo em sua carta a seu discípulo Timóteo o instrui da
seguinte forma:
“Como te roguei, quando parti para a
macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a alguns, que não ensinem
outra doutrina, nem se dêem a fábulas ou a genealogias intermináveis, que mais
produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé; assim o faço
agora. 1 Timóteo 1:3-4”
Mas Pedro nos
diz em sua carta (1 Pedro 3:15) que devemos estar sempre prontos para dar a
razão de nossa fé, com mansidão e temor, assim sendo questionado a prestar a
razão da minha fé, como cristão me vejo obrigado diante de Deus, a declarar os
motivos racionais de minha fé.
Para alguns
talvez não faça sentido a relação entre razão e fé, mas na verdade a fé deve
ter bases racionais. Ora a fé é a expressão da verdade, quando se vai a um
tabelião para registrar determinado documento, o tabelião registra a legalidade
do documento dando a sua fé pública. Assim a fé é expressão da verdade, sendo
assim deve haver motivos racionais que atestam a veracidade de sua crença.
Acreditar em algo que não possui fundamentos lógicos e racionais não é fé, é
loucura e devaneio.
Assim a minha
fé é sim pautada em argumentos racionais e lógicos, que podem ser comprovados e
atestados publicamente, sendo de possível entendimento de todos. Não que todos
estejam dispostos a crer em minha fé, mas ninguém pode refutá-la acusando-a de
mentira.
Pois bem,
deixando claro que minha fé é pautada em argumentos lógicos e racionais, vou
expressar a minha fé e os motivos pelos quais sustento minha fé.
1 – Creio na existência
de um único Deus, santo, verdadeiro, todo poderoso e atemporal .
A questão que
foi levantada para que eu expressasse a minha fé foi justamente sobre a
existência de Deus, e preciso fazer algumas declarações sobre o conhecimento
humano a respeito de Deus.
Nos últimos
séculos temos visto uma leva de pessoas que, usando-se da alcunha de “cientistas”,
estabeleceram várias razões para não se acreditar mais na existência de Deus.
Mas nem
sempre houve esta guerra declarada entre a ciência e Deus. Alias os homens mais
notáveis que existiram e nos quais se baseiam todo o nosso conhecimento científico
não só criam na existência de Deus como eram teólogos, ou seja, gastavam parte
de seu tempo precioso para estudar e conhecer as sagradas escrituras.
Homens como
Isaac Newton, que escreveu “Observations Upon the Prophecies of Daniel and the
Apocalypse of St. John” (Observações sobre as profecias de Daniel e o
Apocalipse de São João – tradução livre), Blaid Pascal que escreveu a “Aposta
Teológica” e seu “Memorial”, manteve costurado em sua roupa durante muitos anos
um pedaço de papel no qual estava escrito:
“No ano da graça de 1654. Segunda-feira, 23
de Novembro, dia de são Clemente, papa e mártir, e de outros no martirológio.
Vigília de são Crisógono mártir e de outros.
De cerca das dez e meia da noite até cerca de meia-noite e meia. Fogo!
"Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó" e não dos filósofos e dos sábios. Certeza, certeza, sentimento, alegria, paz. Deus de Jesus Cristo. Deum meum et Deum vestrum. "O teu Deus será o meu Deus." Esquecimento do mundo e de tudo, à exceção de Deus. Que só se encontra pelos caminhos mostrados pelo Evangelho. Grandeza da alma humana. "Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci." Alegria, alegria, alegria, prantos de alegria.
Mas eu me separara. Dereliquerunt me fontem aquae vivae. "Deus meu, me abandonarias?" Que eu nunca mais me separe dele, eternamente. "Esta é a vida eterna: que te reconheçam como o único Deus verdadeiro e aquele que enviaste, Jesus Cristo." Jesus Cristo, Jesus Cristo. Eu me separara: o afastei, reneguei e crucifiquei. Que nunca mais me separe dele. Que só se conserva pelos caminhos mostrados pelo Evangelho. Renúncia total e doce. Completa submissão a Jesus Cristo e ao meu diretor. A alegria eterna por um dia de prova sobre a terra. Non obliviscar sermones tuo. Amem.”
De cerca das dez e meia da noite até cerca de meia-noite e meia. Fogo!
"Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó" e não dos filósofos e dos sábios. Certeza, certeza, sentimento, alegria, paz. Deus de Jesus Cristo. Deum meum et Deum vestrum. "O teu Deus será o meu Deus." Esquecimento do mundo e de tudo, à exceção de Deus. Que só se encontra pelos caminhos mostrados pelo Evangelho. Grandeza da alma humana. "Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci." Alegria, alegria, alegria, prantos de alegria.
Mas eu me separara. Dereliquerunt me fontem aquae vivae. "Deus meu, me abandonarias?" Que eu nunca mais me separe dele, eternamente. "Esta é a vida eterna: que te reconheçam como o único Deus verdadeiro e aquele que enviaste, Jesus Cristo." Jesus Cristo, Jesus Cristo. Eu me separara: o afastei, reneguei e crucifiquei. Que nunca mais me separe dele. Que só se conserva pelos caminhos mostrados pelo Evangelho. Renúncia total e doce. Completa submissão a Jesus Cristo e ao meu diretor. A alegria eterna por um dia de prova sobre a terra. Non obliviscar sermones tuo. Amem.”
Provavelmente
este registro se deve a uma experiência pessoal com Deus, sem relatar outros
nomes de peso como Galileu Galilei, Roger Bacon, Michael Faraday (de quem é a
frase: “eu descanso nas certezas. Eu sei em quem tenho crido e estou bem certo
de que ele é poderoso para guardar o meu tesouro até aquele dia”), Louis
Agassiz e também Albert Einstein, todos estes criam em Deus. Verdade é que a
visão de Albert Einstein sobre Deus era Panteísta, mas ele nunca negou a
existência de Deus.
Assim vemos
que nem sempre a ciência quis “matar” Deus, este movimento de ciência versus
Deus começou com o chamado Iluminismo, onde vários pensadores que, por causa
dos exageros da igreja católica, promoveram o criticismo religioso e o
ceticismo científico. Em suma o que estes homens pregavam era que, aquilo que
não pudesse ser provado pelo método científico não poderia ser tido como
verdade.
A grande
questão é que o método científico possui limitações, e não pode ser aplicada a
todas as situações para se “provar” a verdade. Por exemplo, pelo método
científico não é possível determinar se os cientistas nazistas do exército
alemão, que fizeram experimentos utilizando seres humanos como cobaias, se eles
foram mais ou menos morais que os cientistas que utilizam ratos como cobaias.
Não é possível provar a ética ou a moralidade pelo método científico.
Outra coisa
que não é possível provar pelo método científico é as percepções pessoais. Por
exemplo, não é possível provar que a cor que uma pessoa vê e chama de “verde” é
exatamente a mesma cor que outra pessoa vê e chama de “verde”.
Outra questão
que o método científico não é capaz de provar, e a meu ver este tópico é muito
relevante, se tudo o que vemos surgiu a milhares de anos, ou se foi criado com
uma idade aparente. Por exemplo, a bíblia relata que Deus criou a Adão, Deus o
formou já maduro, mas tinha apenas alguns instantes de vida, ele foi criado com
uma idade aparente. O método científico não é capaz de contestar esta afirmação,
muito menos a de que o universo todo tenha sido criado com uma idade aparente.
Assim o
método científico não pode ser o único meio para se provar a verdade, devemos
também estar atentos à outras evidencias comprobatórias para poder afirmar se
Deus existe ou não.
Pois como
afirmei, eu creio na existência de Deus, e não só na sua existência, mas em
seus atributos eternos e imutáveis e em seu total poder. As evidências em que
minha fé é sustentada está na própria criação. Assim como apóstolo Paulo
escreveu em sua carta aos Romanos:
“Porquanto o que de Deus se pode conhecer
neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas
invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua
divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas,
para que eles fiquem inescusáveis;” Romanos 1:19-20
Assim a
criação é a prova de que existe um criador. Em contraponto a esta evidência temos os
argumentos dos chamados “cientistas” que alegam teorias e mais teorias para
mostrar a casualidade do que eu chamo de “criação”. Mas o que percebo é que
quanto mais a ciência descobre os mistérios do universo, maior a certeza de que
eu tenho de um Deus criador.
Existiriam
vários aspectos a abordar sobre a não casualidade do universo, mas vou citar
aqui apenas a terceira lei da termodinâmica que diz que a substância tende ir
do organizado para o desorganizado, e nunca o contrário.
Mas para mim
o argumento mais forte em relação à existência de Deus não está nos materiais
inorgânicos, mas sim nos materiais orgânicos e principalmente na VIDA!
A lei da
biogênese é clara ao dizer que vida gera vida, assim somente um ser vivo pode
produzir outro ser vivo. Não é possível observar na natureza materiais
inorgânicos se juntando e transformando em material orgânico. As substâncias
orgânicas são compostas de materiais inorgânicos, isso é verdade, mas como que
estes materiais inorgânicos se formaram em vida? A única explicação é
apontarmos para o Deus Vivo, o autor da Vida.
Verdade que
em um experimento conseguiram, através de materiais inorgânicos, aplicando uma
corrente elétrica sobre eles, extrair aminoácidos desta reação. Aminoácidos
seria a “matéria prima” para os DNAs. Mas o que este experimento provou foi que
Alguém conseguiu manipular os materiais inorgânicos para produzir material
orgânico, ou seja, foi necessário alguém para criar. Mesmo assim não foi
possível neste experimento produzir todos os aminoácidos necessários para
formar uma cadeia de DNA.
Ainda ficou
sem explicação a união destes aminoácidos de uma sequência lógica, a criação de
um núcleo com ribossomos e as condições mínimas para que uma única célula fosse
formada. Fica claro que para que a vida viesse existir, um criador deveria
fazer este trabalho.
Outra coisa
que me deixa estarrecido é a complexidade do que é chamado de “organismos
simples”. O grau de aperfeiçoamento das funcionalidades dos organismos mais
simples se mostraram extremamente complexas para terem surgido casualmente.
Os estudos
sobre os DNAs também tem apontado para um Deus criador. Quando olhamos as
proximidades das informações genéticas entre os seres de diferentes espécies
vemos que existem semelhanças e diferenças gritantes. A única conclusão que se
pode chegar é que as espécies, ao contrario do que afirmam os evolucionistas,
surgiram independentes umas das outras e não são frutos de uma “evolução”.
Alias o que
sabemos sobre evolução é que podem ser observadas adaptações dentro de uma
espécie para sobreviver a um meio, mas não podemos observar uma espécie se
transformando em outra espécie. O que acontece nestas “micro-evoluções” é uma
perda e informação genética e não um ganho de informação genética, que seria o
necessário para que uma espécie pudesse se transformar em outra.
Um exemplo
disto é quando analisamos os DNAs de ursos polares e ursos pardos. Vemos que os
ursos pardos possuem material genético para se adaptarem como os ursos polares,
mas os ursos polares perderam o seu material genético que poderiam fazê-los
adaptarem às montanhas.
Assim a vida
aponta para um Autor da Vida, e a criação como um todo demonstra o Poder deste
Deus Criador.
Deus é
eterno, ele não foi criado, ele não está sujeito às questões da física e da
matemática, ele não se encontra preso a um Tempo-Espaço, Ele é superior a toda
a sua criação e portanto não pode ser compreendido pelos cálculos matemáticos
ou pelo método científico. Somente crendo em um Deus eterno e imutável podemos
compreender o universo ao nosso redor.
2 – Creio no propósito
da Criação.
Creio que
Deus existe e Ele é o criador de todas as coisas e principalmente o criador do
homem, e neste ponto tenho mais um argumento em que se baseia a minha fé em
Deus. Se Deus criou o homem ele o criou com um propósito. Mas qual seria este
propósito?
Quando
olhamos para as civilizações, desde as mais antigas até as mais recentes,
passando por todas as regiões do globo em diferentes eras, vamos perceber uma
característica única dos seres humanos. Todos eles tinham uma prática de
adoração!
O homem
sempre teve o ensejo de adorar a algo ou alguém. Dos incas aos aborígenes, dos
indígenas brasileiros aos americanos, dos sumérios aos chineses, africanos,
egípcios, caldeus, europeus primitivos, todos eles tinham uma necessidade nata
de adorar.
Imagino que
esta necessidade foi colocada no íntimo do ser humano ainda na criação para que
os homens cumprissem o seu propósito. Entendo então que o propósito para a
criação do homem foi unicamente para ADORAR!
Até mesmo
sobre o ateísmo tenho algumas ponderações a fazer, pois ninguém nasce ateu, se
torna um ateu, mas nasce crendo em um deus. E mesmo o ateu transforma seu
ateísmo em uma religião, onde qualquer pessoa com a alcunha de “cientista” e
que defenda a evolução em algum de seus aspectos, e nega veementemente a
existência de Deus, se torna um profeta, e o conhecimento humano passa a ser
adorado como um deus.
Assim vejo
mais um argumento a favor da existência de Deus, porque todos os homens nascem
buscando a Deus.
A questão que
se levanta faz parte do terceiro ponto que destaco como parte de minha fé,
evidentemente que a grande divergência de deuses que as civilizações apontam, mostra
uma incoerência, pois todos deveriam adorar ao único Deus. Porque Deus criaria o homem para adorar outra
coisa que não fosse Ele próprio?
Isto só é
possível de entender se o homem estiver em rebeldia com seu criador.
3 – Creio que o homem
pecou e está separado de Deus.
A bíblia é
clara em relatar o pecado do homem e sua rebeldia contra Deus, e não precisamos
de muitos esforços para racionalizar este pensamento, basta olharmos ao nosso
redor.
A divergência
de deuses que apresentei no tópico anterior me mostra que o homem que foi
criado para ADORAR, perdeu o contato com o objeto de sua adoração, a comunhão
entre os homens e Deus foi rompida. Olhamos para as diversas religiões e vemos
que cada uma delas demonstra isso, que o homem está em rebeldia com seu criador
e necessita de fazer algo para ser “salvo”.
Todas as
religiões falam a respeito de principalmente dois pontos, pecado e salvação,
mesmo nas religiões de origem bramista como o hinduísmo, budismo e espiritísmo,
onde não existe a crença de um inferno, mas em uma “evolução espiritual”, a
temática está ilustrada pela crença do carma, ou seja, o que se faz de errado
se paga numa próxima vida através de sofrimentos.
Portanto
mesmo que as diversas religiões falam de soluções diferentes, o problema
apresentado é o mesmo: Pecado!
Entendo ser
impossível, apenas mera coincidência, religiões tão distantes, terem uma mesma
temática, o certo é acreditar que estas religiões tiveram origem em um mesmo
fato, o fato descrito em Genesis capitulo 3, a queda do homem!
O registro
bíblico do pecado de Adão, como primeiro homem, criado por Deus perfeito e que
por desejar conhecer o bem e o mal, ou seja, decidir sobre seus próprios
caminhos, declarando a independência de Deus, é o argumento mais racional
apresentado. Pois quando olho para a sociedade moderna o que vejo é exatamente
isto: Os homens querendo julgar por si mesmo o que é certo ou errado. Não querem
saber o que Deus pensa sobre determinados assuntos, ficam com suas próprias
conclusões pautadas em suas próprias experiências.
Assim concluo
que a mesma motivação que levou Adão e Eva ao pecado no relato bíblico de
Genesis 3, é visível e patente em todas as sociedades em todos os séculos. O
pecado do homem é claro, e coincide com o relato bíblico sobre ele.
Mas mesmo
estando em pecado, o problema da adoração continua, e o que leva o homem à
religiosidade é justamente a necessidade de adorar, mas sem abrir mão do
pecado. Assim o homem cria através de suas filosofias o caminho que ele precisa
fazer para ser aceito por Deus, e então temos as inúmeras religiões que existem
atualmente. Cada um querendo fazer o seu caminho para Deus.
Assim, visto
que existe um Deus, e este Deus é justo, e criou o homem com o propósito de
adora-lo, e estando este homem em pecado e necessitado de reconciliar com Deus,
surge a imprescindível necessidade de saber qual é o caminho correto a seguir.
4 – Creio que Jesus
Cristo é o único Caminho para reconciliação com Deus.
O objeto
central de minha fé é a pessoa de Jesus Cristo, assim tudo o que Ele disse a
respeito de si mesmo é a base central da minha fé.
Creio que o
homem foi criado por Deus e está em rebeldia contra seu criado por causa do
pecado, e Jesus Cristo veio à terra para morrer em uma cruz pagando o preço do
meu pecado, proporcionando a mim uma oportunidade única de reconciliar-me com
meu criador através de si mesmo.
A principal
razão da minha fé na pessoa de Jesus Cristo está no fato histórico de sua
ressurreição. Assim como o apóstolo Paulo afirmou: “E, se Cristo não
ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. 1
Coríntios 15:14” a minha fé se apoia no fato de que Ele ressurgiu dentre os
mortos assim como Ele mesmo profetizou e subiu aos céus, está hoje vivo,
assentado à direita de Deus Pai.
O argumento
histórico para crer na ressurreição de Jesus Cristo é por demasiado extenso, se
quiser se aprofundar mais sobre a matéria oriento a ler o livro intitulado: “Evidências
da Ressurreição – Josh Macdowell”. Mas o principal argumento se baseia no
relato histórico dos primeiros cristãos.
Estes homens
deram as suas vidas porque não negavam ter visto Jesus Cristo vivo, depois de
três dias de sua crucificação, e o viram subindo aos céus. Fato é que a tumba
de Jesus está até hoje vazia, e podemos visitá-la.
A ideia de
que apenas os apóstolos viram a Jesus ressurreto é um engano, mais de 500
pessoas o tinham visto após sua ressurreição, conforme relatou o apóstolo
Paulo, e muitos destes ainda estavam vivos quando ele escreveu sua carta aos Coríntios.
Levando em
consideração o grande esforço dos judeus em parar o crescimento do cristianismo,
se esta informação não fosse verdadeira, não seria muito difícil encontrarmos
atualmente as refutações feitas na época. A questão era que os testemunhos a
favor da ressurreição de Cristo eram tantas que não tinham como nega-las.
Outro engano
é achar que apenas nos livros sagrados temos a informação acerca da
ressurreição de Jesus Cristo, outros historiadores da época que não eram
cristãos, relataram sobre as declarações acerca da ressurreição de Jesus
Cristo.
Flavio
Josefo, historiador contemporâneo de Jesus escreveu o seguinte:
“Naquela época vivia Jesus, homem sábio, de
excelente conduta e virtude reconhecida. Muitos judeus e homens de outras
nações converteram-se em seus discípulos. Pilatos ordenou que fosse crucificado
e morto, mas aqueles que foram seus discípulos não voltaram atrás e afirmaram
que ele lhes havia aparecido três dias após sua crucificação: estava vivo.
Talvez ele fosse o Messias sobre o qual os profetas anunciaram coisas
maravilhosas.”
O biógrafo
imperial Suetônio afirmou que no ano 50 d.C., o imperador Cláudio expulsou de
Roma os judeus e também os cristãos. Os cristãos teriam se rebelado por
incitamento de um certo Chrestus, cujos seguidores, semeavam a discórdia na
sinagoga. Não é difícil relacionar este acontecimento com as descrições
registradas em Atos dos Apóstolos.
Tácito também
citou: “a detestável supertição” dos chamados cristãos, nome proveniente de
Cristo, condenado a morte pelo procurador romano Pôncio Pilatos durante o
principado de Tibério. Os seguidores do legado de Cristo, passaram a ser
chamados pejorativamente de cristãos a partir do ano 45 d.C.“
Plínio, então
legado da Bitínia, solicitou a Roma instruções sobre que atitudes tomar para
com os numerosos adeptos dessa “má supertição levada ao extremo”, que se
dirigiam a Cristo como se ele fosse um deus.
O Talmude
Babilônico fala de Jesus como um mago, um agitador que zombou das palavras dos
sábios, teve cinco discípulos e foi enforcado na Páscoa.
Percebemos
que a pessoa de Jesus havia se tornado conhecida no império romano pelos
testemunhos dos primeiros cristãos. Estes historiadores não tinham a pretensão
de realizar um estudo apurado sobre a pessoa de Jesus, mas registrou o quanto o
testemunho dos cristãos estava perturbando todo o império.
Na atualidade
houve vários estudos sobre a historicidade da ressurreição de Jesus Cristo, mas
vou citar apenas algumas das mais famosas conclusões sobre a historicidade da
ressurreição, uma feita por Simon Greenleaf, um dos fundadores da Harvard Law
School:
“Por conseguinte, era impossível que eles
pudessem ter persistido na afirmação das verdades que tinham narrado, se Jesus
não tivera realmente ressuscitado dos mortos, e se eles não tiveram conhecido
este facto com tanta certeza como qualquer outro fato.”
Outra citação
é feita pelo historiador britânico N. T. Wright:
"como um historiador, eu não posso
explicar a ascensão do Cristianismo primitivo a menos que Jesus ressuscitasse e
deixasse uma tumba vazia atrás dele".
Mas o que
significa a ressurreição de Jesus Cristo, e porque tenho Jesus Cristo como o
objeto de minha fé?
A bíblia diz
claramente que por causa do pecado do homem, ele está condenado à uma
eternidade sujeito à ira de Deus. O pecado do homem não poderia ficar impune.
Deus é santo e justo, o pecado é uma afronta à sua santidade.
Quando o
homem peca, ele esta indo contra o propósito para o qual foi criado, portanto o
seu pecado, mesmo que seja contra seu semelhante, é acima de tudo contra seu
Criador. Assim a transgressão necessita ser retribuída justamente. A bíblia
deixa claro que o destino de toda a humanidade é a eternidade toda no inferno!
Quando Jesus
veio à terra ele veio com um propósito claro, salvar a criação deste destino,
dando a ela uma oportunidade para reconciliar com Deus. A maneira de ele
reconciliar o homem com Deus e satisfazer a justiça de Deus por causa do pecado
do homem foi Ele mesmo pagar o preço dos nossos pecados.
“Porque o Filho do homem veio buscar e
salvar o que se havia perdido. Lucas 19:10”
“Porque o Filho do homem também não veio
para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. Marcos
10:45”
O texto
bíblico que para mim melhor representa o propósito da morte e ressurreição de
Jesus Cristo está em Filipenses 2:5-11
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento
que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por
usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de
servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem,
humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso,
também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;
para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na
terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o
Senhor, para glória de Deus Pai.”
Assim diante
deste amor que Jesus Cristo demonstrou na cruz, e o poder com que foi
ressuscitado, não posso ter outro sentimento para com Cristo que não seja de
amá-lo e servi-lo.
Mas ainda
existe um último argumento em que minha fé está embasada, além dos argumentos
históricos, sociológicos e filosóficos, e com certeza o argumento principal que
me fez render aos pés de Jesus, está a minha experiência pessoal com Cristo.
Eu tive uma
experiência pessoal com Jesus Cristo quando sofri um terrível acidente em
dezembro de 2008. As chances de sobrevivência naquele terrível acidente eram
mínimas, no entanto não somente eu como todos os envolvidos sobreviveram. Eu
tive total convicção de que Deus estava me guardando, foi Ele quem me salvou.
Não estava
frequentando nenhuma igreja, estava vivendo longe dos propósitos do Senhor, mas
mesmo assim Ele me salvou e sei que Ele me ama.
Não sou uma
pessoa isenta de lutas e dificuldades, nem estou acima de todas as dúvidas. Sou
um humano como todos, vivendo em conflitos interiores, e rodeado de fraquezas.
Mas posso atestar que tenho convicção de que minha vida está guardada em Deus e
tenho visto Ele me guiar em cada momento.
Assim, tendo
tido as experiências que tenho vivido com Deus, posso juntar a minha voz às
milhares de outras testemunhas, e afirmar com convicção que Jesus está vivo!
Muito...muito boa mesmo esta exposição que vc fez sobre a veracidade da existência de Deus. Concordo em tudo o que foi exposto.
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