Shekinah.

Nesta semana encerramos a leitura do livro de Shemot (Êxodo) com a parashá Pekudei: Êxodo 38:21-40:38.

O que chama a atenção ao final desta parashá é a consagração do Tabernáculo com a manifestação da Shekinah, traduzido em nossas bíblias como a nuvem de glória.

"Então a nuvem cobriu a Tenda do Encontro, e a glória do Senhor encheu o Tabernáculo. Moisés não podia entrar na Tenda do Encontro, porque a nuvem estava sobre ela, e a glória do Senhor enchia o Tabernáculo." Êxodo 40:34,35.

O mesmo evento aconteceu quando Salomão consagrou o Templo ao Eterno. 

"Quando os sacerdotes se retiraram do Lugar Santo, uma nuvem encheu o templo do Senhor,
de forma que os sacerdotes não podiam desempenhar o seu serviço, pois a glória do Senhor encheu o seu templo." 1 Reis 8:10,11.

E este mesmo evento é profetizado por Daniel como parte de um plano designado por Deus para o povo de Israel:

"Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo." Daniel 9:24.

'Ungir o Santíssimo' é exatamente a presença da Shekinah no Templo, assim como aconteceu no deserto e no Templo de Salomão. Lembremos que quando Daniel teve esta revelação, o Templo de Jerusalém havia sido destruído.

No deserto a nuvem de glória estava sobre o Tabernáculo continuamente, e era ela quem guiava a Israel. 

Quando a nuvem se levantava e se movia, Israel a seguia. Quando a nuvem parava, Israel montava o Tabernáculo. Através da nuvem Deus guiava seu povo. Através da nuvem Deus falava com Moisés e dava as suas leis. Através da nuvem saiu fogo e consumiu os rebeldes no caso de Corá.

A Shekinah também apareceu no Templo de Salomão no dia em que este foi consagrado. Não há registros de que ela tenha se mantido ali. Mas, quando da reconstrução do Templo por Esdras e Neemias, a Shekinah não apareceu.

Mas, afinal, porque da importância da nuvem ungindo o Tabernáculo, e porque em Daniel essa unção está relacionada à "cessar a transgressão, dar fim ao pecado, expiar a iniqüidade, trazer justiça Eterna e selar a visão e a profecia".

Todas essas profecias referem-se à obra do Messias no seu retorno, quando, através da ressurreição dos santos, seu povo será totalmente livre do pecado, recebendo a Vida Eterna e um corpo glorificado.

A unção do Santíssimo faz referência à uma forma mais plena daquilo que foi visto no deserto.

Se no deserto era a nuvem quem guiava o povo, na Vida Eterna será a presença de Deus que nos guiará de forma plena, limpando nossos olhos de toda a lágrima, dando-nos alegria plena:

"E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o Tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas." Apocalipse 21:3,4.

Hoje podemos ter em nossas vidas uma nuance disto, pois, ao crermos em Yeshua (Jesus), e sermos batizados em seu Espírito, também podemos ser guiados por ele, tendo os nossos corações cheios da sua Paz, como Paulo diz: 

"Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai." Romanos 8:14,15.

Lembremos que as Escrituras declaram que nossos corpos são Templo do Espírito Santo. Devemos, portanto, buscar que nossos corpos recebam esta unção, até o glorioso dia em que, pela ressurreição, teremos de forma plena o que agora podemos apenas ter em partes.

O Eterno nos abençoe.

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