Aviv

Entramos no mês bíblico de Aviv. Aviv em hebraico tem vários significados, entre eles, é o estágio em que os cereais estão maturando, e é também o mês da primavera.

Por isso mesmo este é conhecido como o mês da redenção. É também neste mês que celebramos a mais importante das festas bíblicas: a festa de Pessach. 

Esta festa retrata exatamente a libertação de Israel do Egito, e, através de Yeshua (Jesus), nossa redenção do reino das trevas. 

A festa de Pessach também é um marco, pois a partir dela é que contamos e celebramos as demais festas: Matzot, Bikurim e Shavuot.

Mas, quando falamos da proximidade das festas, sempre somos questionados sobre as palavras de Shaul (apóstolo Paulo) na sua carta aos Gálatas:

"Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco." Gálatas 4:10,11.

Uma leitura superficial sobre este texto pode dar a impressão de que Paulo está recriminando quem celebra as festas bíblicas. Na verdade, as palavras de Paulo são dedicadas para outra situação.

O foco de Paulo na carta aos Gálatas é a luta contra o legalismo, ou seja, o princípio de que necessitamos cumprir os mandamentos para termos paz com Deus.

Paulo está dirigindo suas palavras não a judeus crentes, mas a gentios que estavam se aproximando de Israel através da fé em Yeshua. E isso fica claro quando ele diz:

"Mas, quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses.
Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?" Gálatas 4:8,9

Oras, os judeus conheciam a Deus, e desde a deportação para a Babilônia os judeus não praticaram mais idolatria como os pagãos. Paulo está dirigindo suas palavras aos gentios crentes, que antes de chegarem à fé eram idólatras, e não conheciam ao Deus verdadeiro.

Só que, por causa do legalismo, estes gentios estavam tentando servir a Deus com o mesmo princípio com que serviam aos deuses pagãos.

Tanto os gregos como os romanos tinham um calendário religioso repleto de datas comemorativas a diversas divindades. Eles faziam tais festas, e realizavam muitas oferendas, para aplacarem a ira dos deuses. 

A visita de Paulo ao Areópago demonstra isso, por medo de não honrarem alguma divindade, e serem castigados por ela, os gregos tinham um altar dedicado ao deus desconhecido.

O legalismo estava levando aqueles gentios crentes a celebrarem as festas bíblicas por medo e por obrigação, para aplacar a ira divina. 

De fato, o legalismo faz isso, leva-nos a servir a Deus pelos princípios errados, muito próximo do paganismo.

Assim, Paulo não está recriminando a celebração das festas, mesmo porque, uma olhada rápida sobre o livro de Atos irá revelar vários momentos em que Paulo celebrou festas. E aos Corintos o mesmo Paulo dá o seguinte mandamento com relação à Pessach:

"Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade." 1 Coríntios 5:7,8.

Com a proximidade da mais importante festa bíblica, podemos alegrar nossos corações com a memória do que o Eterno tem feito por nós, de como Ele nos resgatou através do sacrifício de seu Filho, e nos deu garantia e promessa de uma eterna redenção.

O Eterno nos abençoe!

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