“Pai, glorifica o teu nome. Então veio uma voz do céu que
dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei. Ora, a multidão que
ali estava, e que a ouvira, dizia que havia sido um trovão. Outros diziam: Um
anjo lhe falou.” João 12:28,29.
“E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns
para os outros: Que quer isto dizer? E outros, zombando, diziam: Estão cheios
de mosto.” Atos 2:12,13.
Estes dois textos apresentam um detalhe muito interessante
que passa despercebida da maioria dos leitores. No primeiro texto Yeshua
(Jesus) estava falando à multidão sobre os sofrimentos pelo qual deveria
passar, e ora ao Pai para que o Nome do Eterno fosse glorificado naquilo que
iria acontecer. Imediatamente à oração de Yeshua, ouve-se a Voz do Eterno
dizendo “Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei”.
O segundo texto relata o momento em que o Espírito Santo
desceu sobre os apóstolos na festa de Shavuot (Pentescostes). Eles passam a
falar em línguas estranhas, e muitos judeus e prosélitos viajantes de outras
regiões, que estavam ali por causa da festa, se maravilharam por ouvirem os
apóstolos falando em suas línguas nativas.
Nos dois textos acontecem sinais maravilhosos do poder de
Deus falando às pessoas comuns, porém, os dois textos também evidenciam que,
dentre as pessoas que estavam presentes à estas manifestações, alguns não a
perceberam.
No primeiro texto, ao ouvirem a Voz do Todo Poderoso, alguns
diziam: “foi um trovão”. No segundo texto, ao ouvirem os apóstolos falando em
línguas estranhas, alguns de fato os ouviram como se falassem nas suas línguas nativas,
outros, porém, não entendendo nada, apenas diziam: “estão embriagados”.
Por que diante de um mesmo sinal, e uma poderosa manifestação
de Deus, alguns a entenderam e se maravilharam enquanto outros não
compreenderam e desprezaram?
Algo que não podemos desprezar é o que o apóstolo Paulo nos
ensina na carta aos Coríntios:
“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito
de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se
discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de
ninguém é discernido.” 1 Coríntios 2:14,15.
A resposta para a diferença que vemos nas reações das
pessoas frente à manifestação de Deus está na maneira como cada um atenta para
as coisas à sua volta. Segundo o apóstolo Paulo, aquele que é “espiritual”
entende e recebe das manifestações espirituais que o Eterno concede, enquanto
que o homem que é carnal não compreende, e não pode receber.
A pergunta imediata a este ensino de Paulo deve ser: o que é
ser um homem espiritual, e o que fazer para ser um homem espiritual. A melhor
resposta para esta pergunta nós encontraremos nas palavras de Yeshua a
Nicodemos:
“O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do
Espírito é espírito.” João 3:6.
O homem espiritual é aquele que está aberto à ação do
Espírito de Deus, que busca o direcionamento que vem do Espírito de Deus, é
inclinado a Ele, e que, portanto, recebe vida do Espírito Santo de Deus.
Enquanto que o homem carnal é aquele que resiste e recusa o mover do Espírito
Santo, sendo guiado e inclinado por seus desejos carnais.
Uma verdade que devemos ter sempre em mente a respeito de
Deus é que Deus é Espírito:
“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em
espírito e em verdade.” João 4:24.
Não há maneira de receber nada de Deus se não for por através
do mover do Espírito de Deus em nosso espírito. Por isso mesmo que Yeshua
alertou sobre aqueles que blasfemam contra do Espírito Santo:
“Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se
perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos
homens.” Mateus 12:31.
Quando Yeshua deu este alerta, ele havia acabado de expulsar
um demônio de um homem cego e surdo, e também o curou de sua cegueira e surdez.
Foi um sinal poderoso, mas alguns resistiram dizendo que Yeshua expulsava
demônios por Belzebu.
Aqueles religiosos estavam atribuindo à demônios a ação
poderosa de Deus através de seu Espírito. Esta blasfêmia não poderia ser
perdoada, visto que seria impossível a aqueles fariseus receberem qualquer
coisa vinda de Deus resistindo desta forma o Espírito Santo.
É o Espírito Santo quem convence do pecado, da justiça e do juízo.
É o Espírito Santo quem nos conduz ao arrependimento. É o Espírito Santo quem
nos revela as maravilhas da Torá, vista que a Torá é espiritual.
Esta verdade nos alerta para a importância de sermos
espirituais, ou seja, com o coração voltado para as coisas de Deus, e desejosos
de Deus, mas também demonstra a importância de sermos cheios do Espírito Santo.
Os crentes de Corinto foram exortados por Paulo justamente
por, apesar de serem crentes, agiam como carnais, pois manifestavam suas
inclinações da carne:
“Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja,
contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os
homens?” 1 Coríntios 3:3.
Devemos agir como crentes espirituais, buscar sermos cheios
do Espírito Santo de Deus, para que possamos aprofundar mais no conhecimento e
na experiência com nosso Deus, podendo desenvolver frutos que glorifiquem ao
nosso Pai.
Que o Eterno nos abençoe!
#Espiritual #Carnal #GuiadoPeloEspírito
#CheioDoEspírito #EspíritoSanto
#EspíritoDeDeus #EspíritoDeYeshua
Comentários
Postar um comentário